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Vodafone e Three: fusão de R$ 113 bi cria gigante das telecomunicações no Reino Unido!
Com a fusão, Grã-Bretanha ganha seu maior operador de telecomunicações. Um marco que promete inovação e melhorias para os consumidores!

A fusão de £ 15 bilhões (R$ 113 bilhões) entre a Vodafone e a Three recebeu a aprovação do órgão antitruste do Reino Unido, estabelecendo as bases para a formação do maior operador de telecomunicações da Grã-Bretanha em termos de receita.
A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) abordou as preocupações relacionadas à concorrência, exigindo compromissos significativos, incluindo um investimento robusto em uma atualização das redes móveis do Reino Unido e garantias de que os consumidores não enfrentariam aumentos nos preços, conforme declarado nesta quinta-feira (5).
“A Autoridade de Concorrência e Mercados decidiu que a fusão da Vodafone com a Three deve ser permitida, desde que ambas as empresas assumam compromissos vinculativos para investir bilhões na criação de uma rede 5G combinada em todo o Reino Unido”, afirmou a CMA em um comunicado.
Este acordo, que reunirá dois dos quatro principais operadores móveis do país, resultará na Vodafone controlando 51% do novo empreendimento, enquanto a CK Hutchison manterá o restante.
Essa é uma decisão histórica para o setor de telecomunicações europeu, que há anos clama por um aumento na consolidação. Para a Vodafone, é uma vitória significativa na estratégia da CEO Margherita Della Valle, que busca direcionar recursos para mercados estratégicos enquanto se desfaz de outros, reformulando um império que já abrangia dos EUA à África.
De acordo com a CMA, o acordo com a unidade do Reino Unido da CK Hutchison Holdings, da influente família Li, deverá intensificar a concorrência no setor e potencializar a qualidade das redes móveis.
A Vodafone e a Three se comprometeram a investir £ 11 bilhões na infraestrutura digital do Reino Unido para garantir a aprovação do acordo.
O regulador estipulou que a fusão está sujeita a compromissos legalmente vinculativos, incluindo a atualização da rede, limitação das tarifas móveis e planos de dados por três anos, além de fornecer preços e termos contratuais claros para serviços de atacado destinados a Provedores de Rede Móvel Virtual. O Ofcom e a CMA monitorarão a conformidade com esses compromissos, segundo a CMA.
“Na Europa, as pessoas estão começando a compreender as repercussões do subinvestimento em redes”, comentou Della Valle a repórteres na quinta-feira. “A decisão tomada hoje no Reino Unido pode estabelecer um forte precedente.”
Após a notícia, as ações da Vodafone subiram 1,2%, atingindo 70,62 pence às 9h55 em Londres, com crescimento de 3% ao longo do ano.
O fechamento do acordo está programado para o primeiro semestre de 2025, e a Vodafone terá a opção de adquirir a participação de 49% da CK Hutchison três anos após a finalização, conforme indicado pela Vodafone em seu comunicado.
A decisão está em linha com a visão provisória do órgão regulador, pondo fim a meses de revisões tensas. Essa medida representa um avanço para o governo do primeiro-ministro Keir Starmer, que busca eliminar barreiras burocráticas e atrair investimentos para fomentar o crescimento moroso do Reino Unido.
Esse resultado pode estimular ainda mais a consolidação na Europa, onde os operadores têm “pleiteado maior flexibilidade” em fusões há anos, segundo Kester Mann, analista da CCS Insight. “Isso pode fornecer aos operadores em outros mercados um novo impulso para fechar novos acordos”, afirmou.
O acordo aumentará a pressão sobre os demais operadores móveis no Reino Unido, conforme ressaltou Karen Egan, analista sênior de telecomunicações da Enders. A rede móvel EE do BT Group enfrentará os “maiores desafios na adaptação a essa nova estrutura de mercado”, com todos sob pressão para investir mais em suas redes, acrescentou.

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