Em um cenário global onde a maioria dos bilionários está enfrentando perdas significativas, Warren Buffett se destaca como uma exceção impressionante. Sua fortuna pessoal cresceu notáveis US$ 11,5 bilhões em 2025, totalizando incríveis US$ 153,5 bilhões, segundo dados do Índice de Bilionários da Bloomberg.
Isso é especialmente notável considerando o impacto devastador das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que resultaram em uma desvalorização massiva, eliminando trilhões de dólares em valor das ações globalmente. Desde o pico de sua fortuna em 2 de abril, quando alcançou seu maior patamar em cinco anos, Buffett sofreu uma queda de US$ 14,5 bilhões, mas mesmo assim conseguiu aumentar sua riqueza, ao contrário dos seus pares.
Aos 94 anos, Buffett agora ocupa a quarta posição entre as pessoas mais ricas do mundo e é uma das únicas duas, dentre as 20 mais ricas da lista, que conseguiram ver sua riqueza aumentar neste ano. A outra é Francoise Bettencourt Meyers, herdeira da L’Oreal, que ganhou US$ 1,8 bilhão, posicionando-se na 19ª colocação.
O contexto é alarmante: os 500 indivíduos mais ricos do mundo registraram perdas superiores a US$ 500 bilhões nas duas sessões de negociação após o anúncio de Trump. Para se ter uma ideia, Elon Musk, ainda a pessoa mais rica do planeta, viu sua fortuna desmoronar em US$ 134,7 bilhões até agora, resultando em um patrimônio líquido de US$ 297,8 bilhões nesta segunda-feira (7). É a primeira vez que Musk fica abaixo da barreira dos US$ 300 bilhões desde novembro.
As ações da Berkshire Hathaway, empresa de Buffett, mostram um desempenho relativamente forte, tendo caído apenas 8,8% desde 2 de abril, em comparação à queda de 10,7% do S&P 500. Isso demonstra a resiliência do conglomerado, refletindo como o setor de propriedade e acidentes continua relativamente menos afetado pelo comércio global.
Adicionalmente, investidores estão de olho nas movimentações de Buffett, antecipando que ele possa aproveitar a queda no mercado para executar uma aquisição grande e impactante. Nos últimos trimestres, Buffett tem se mostrado mais cauteloso, evitando grandes negócios, enquanto reduz sua participação em empresas como a Apple e o Bank of America, cujas ações caíram drasticamente após as notícias sobre Trump.

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