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Economia

UE pode impor restrições a exportações para os EUA em resposta a tarifas

A União Europeia considera retaliações como novas tarifas e limitações a empresas americanas. A tensão comercial se intensifica.

Contêineres de frete no Porto de Aarhus
<p>Contêineres de frete organizados no Porto de Aarhus, na Dinamarca. Imagem de Carsten Snejbjerg/Bloomberg.</p>

A União Europeia (UE) está avaliando a possibilidade de implementar restrições em algumas exportações para os Estados Unidos como uma resposta direta à crescente tensão comercial iniciada pelo presidente Donald Trump no mês passado.

Essas restrições serviriam como uma estratégia de retaliação, apenas se as negociações com os EUA — que inseriram novas tarifas sobre cerca de € 380 bilhões (US$ 432 bilhões) em produtos da UE — não resultarem em um acordo favorável. Isso, segundo fontes a par das discussões.

Essa movimentação por parte da UE representa uma escalada significativa em um conflito comercial já em expansão, que poderia provocar uma reação contundente de Washington. Vale lembrar que Trump já ameaçou aplicar uma tarifa de 50% sobre metais canadenses no mês passado, após Ontário anunciar planos de taxar a eletricidade enviada aos EUA.

Conforme mencionado pelas fontes, uma restrição de exportação é apenas uma das várias opções em consideração, que incluem listas adicionais de tarifas e até limitações em contratos públicos para empresas americanas.

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Um porta-voz da Comissão Europeia preferiu não comentar sobre a situação, e as fontes explicaram que ainda não estão decididas quais seriam as restrições específicas e quais setores e produtos seriam afetados. Tais medidas podem ser implementadas de diferentes maneiras, que vão desde cotas e licenças até proibições totais de certos bens.

Esses tipos de restrições geralmente têm foco em produtos críticos, aqueles que são essenciais e difíceis de substituir. Um exemplo recente é a China, que adicionou sete terras raras à sua lista de controle de exportações, com aplicações que variam de smartphones a medicamentos. Os EUA, notoriamente, possuem capacidade reduzida de processamento desses metais.

Até o momento, as conversas entre a UE e os EUA para desescalar este conflito têm avançado pouco. Antes de uma reunião com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni na quinta-feira, Trump expressou sua confiança em um futuro acordo com a UE. Funcionários europeus esperam que Meloni consiga persuadir Trump a fornecer um mandato de negociação mais claro para seus representantes comerciais, conforme relatado por algumas fontes.

A UE havia concordado, na semana passada, em adiar por 90 dias a implantação de um conjunto de contratafas contra os EUA, em resposta às tarifas de 25% que Trump impôs sobre as exportações de aço e alumínio da UE. Esta decisão se seguiu à redução da tarifa “recíproca” dos EUA, que caiu de 20% para 10% nas exportações da UE pelo mesmo período.

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Além disso, Trump impôs uma tarifa de 25% sobre carros e algumas peças, e sua administração está avançando com planos para tarifas sobre importações de semicondutores e produtos farmacêuticos.

O motivo declarado de Trump para essa ofensiva tarifária global é trazer de volta empregos de manufatura para os EUA, aumentando a receita para financiar cortes de impostos.

Maros Sefcovic, chefe de comércio da UE, reuniu-se com o secretário de Comércio Howard Lutnick e o representante de Comércio Jamieson Greer em Washington na segunda-feira. Contudo, ele saiu da reunião sem clareza sobre a posição dos EUA e lutando para entender os objetivos do lado americano, conforme reportou a Bloomberg.

O bloco já está formulando planos para mais contramedidas, caso um acordo não seja alcançado ao final dos 90 dias. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, sugeriu que outra alternativa poderia ser direcionar receitas de publicidade digital de empresas de tecnologia dos EUA.

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Qualquer nova escalada além das tarifas atuais exigirá decisões políticas das capitais do bloco antes que novos planos sejam formalizados, de acordo com uma das fontes.

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