A Ucrânia deu um passo significativo ao concordar com os Estados Unidos para um acordo de colaboração na exploração e desenvolvimento de seus minerais críticos, petróleo e gás. Esse movimento é visto pela Casa Branca como um prelúdio para um possível cessar-fogo nas tensões com a Rússia.
De acordo com fontes que preferem permanecer anônimas, o gabinete da Ucrânia deve recomendar, nesta quarta-feira (26), a assinatura desse acordo. Sua importância não foi subestimada, mas a Casa Branca ainda não comentou oficialmente sobre o assunto.
O presidente Donald Trump exerceu pressão sobre o presidente Volodymyr Zelensky para aceitar esse acordo, que foi apresentado inicialmente pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, em Kiev no início de fevereiro. Na época, Zelensky rejeitou o acordo, alegando a falta de garantias de segurança.
Embora o acordo mineral não contenha cláusulas específicas sobre segurança, autoridades dos EUA afirmaram que estabelecer laços econômicos entre a Ucrânia e os EUA poderia servir como um escudo de proteção tácito. Um acordo mais detalhado está previsto para ser elaborado posteriormente.
Esse arranjo também pode ser uma estratégia para Trump reforçar o apoio de seus aliados em prol do sustento da ajuda à Ucrânia, especialmente se precisar que o Congresso libere mais recursos enquanto as negociações com a Rússia se estendem. É vital ressaltar que a Ucrânia ainda depende do apoio constante de aliados dos EUA e da Europa para armamento e suprimentos militares.
Trump expressou interesse no equivalente a US$ 500 bilhões em terras raras, fundamentais para a produção de ímãs de alta resistência. Entretanto, apesar de serem relatados depósitos minerais no valor de US$ 10 trilhões, a Ucrânia não possui reservas significativas de terras raras que sejam economicamente viáveis à luz dos padrões internacionais.
Além disso, a Ucrânia tem minas de minerais críticos, como titânio e gálio. Embora esses minerais sejam importantes, eles provavelmente não alcançarão os valores projetados por Trump.
Por último, mesmo que a Ucrânia disponha de depósitos economicamente viáveis, o Ocidente enfrenta um obstáculo significativo: a necessidade de enviar as terras raras para refinamento na China, uma vez que este país domina o processamento desses materiais essenciais.

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