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Ucrânia alerta: aliados falham em promessas militares críticas na guerra

Zelensky cobra ajuda urgente enquanto suas forças realizam incursão em território russo. O apoio da Otan é essencial, mas ainda não foi cumprido.

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O chefe de estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, em conversa com a Reuters, em Kiev, Ucrânia (REUTERS/Gleb Garanich)

Vários aliados da Otan estão falhando em cumprir suas promessas de acelerar as entregas de sistemas de defesa aérea e outros equipamentos militares, essenciais para barrar a ofensiva russa. Fontes próximas ao assunto revelam que compromissos reafirmados na cúpula da aliança em Washington no mês passado ainda não foram atendidos.

Recursos militares vitais, incluindo cinco sistemas adicionais de longo alcance, estão em falta. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem insistido na urgência desta ajuda, especialmente após a recente incursão das suas forças em território russo. Ele expressou frustração com o atraso na chegada dos novos suprimentos de armas dos EUA e fez um apelo por entregas mais rápidas.

“Não há férias na guerra”, declarou Zelensky em um discurso à nação no último domingo (18). “São necessárias decisões e uma logística eficaz para a ajuda prometida. Estou falando diretamente com os Estados Unidos, Reino Unido e França.”

Na cúpula da Otan em julho, a defesa aérea foi um ponto central, com o presidente Joe Biden chamando isso de uma “doação histórica”. Os EUA, Alemanha e Romênia prometeram um sistema Patriot, enquanto a Itália anunciou a entrega de um sistema SAMP-T. Outros aliados também se comprometeram a fornecer munições e sistemas complementares.

Na terça-feira (20), Zelensky afirmou que Kyiv está em constante diálogo sobre sistemas de defesa aérea com seus parceiros. “Estamos preparando reforços”, informou ele em sua atualização regular à nação, mas sem fornecer muitos detalhes.

A Ucrânia deve enfrentar uma nova pressão à medida que se aproxima o terceiro inverno do conflito, agravada pela devastação da infraestrutura energética, resultando em apagões rotativos. Muitos compromissos da Otan podem não ser cumpridos até o outono, o que aumenta as vulnerabilidades da Ucrânia à intensificação dos ataques russos.

Apoio desigual

Apesar dos avanços russos, o apoio aos aliados da Ucrânia é desproporcional. Uma autoridade aponta que certos países estão ficando para trás em fornecer equipamentos cruciais, impactando diretamente a capacidade de defesa ucraniana.

Zelensky também reiterou a necessidade de que os EUA e outros aliados levantem as restrições sobre o uso de armas de longo alcance, afirmando que suas incursões militares na Rússia revelaram as ameaças de retaliação do Kremlin como “ilusórias”.

O governo ucraniano argumenta que atacar aeródromos russos é essencial para neutralizar as bases lançadoras que Moscou utiliza para atacar cidades e infraestrutura na Ucrânia. No entanto, países como EUA, Alemanha e Itália resistem a estas demandas, permitindo apenas uso limitado de suas armas dentro do território russo.

A Ucrânia celebrou sua primeira ocupação de território russo desde a Segunda Guerra Mundial, provocando a evacuação de dezenas de milhares de residentes e potencialmente retirando tropas e equipamentos da linha de frente.

O principal comandante militar da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, afirmou que Kiev controla atualmente 1.263 quilômetros quadrados na região de Kursk, mas as forças russas continuam avançando no leste da Ucrânia. Recentemente, as tropas russas cercaram a cidade de Pokrovsk, um ponto logístico vital para os ucranianos, resultando em avisos de evacuação para os cidadãos.

Syrskyi também enfatizou que as próximas ações na região de Kursk “dependerão do desenvolvimento da situação operacional” da guerra.

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