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Trump se prepara para indicar Stephen Miran ao Federal Reserve

Stephen Miran, atual chefe do Conselho de Assessores Econômicos, pode ser o novo governador do Fed por Trump.

Stephen Miran em entrevista sobre a relação EUA-China.
<p>Stephen Miran, chefe do Conselho de Consultores Econômicos, concede entrevista à Fox Business em frente à Casa Branca, em Washington, DC, EUA, na quarta-feira, 16 de abril de 2025. Fotógrafo: Al Drago/Bloomberg</p>

A Casa Branca está em ritmo acelerado para a possível indicação de Stephen Miran, o atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos, ao cargo de governador do Federal Reserve. A informação foi repassada por uma fonte próxima às discussões em curso.

Na quarta-feira, o presidente Donald Trump deixou claro que pretende nomear um governador temporário para o Fed, em vez de buscar um sucessor direto para o presidente Jerome Powell, figura que ele criticou abertamente por sua condução da política monetária. Segundo a fonte, se aprovado pelo Senado, Miran ocupará a posição por um mandato que se encerrará em janeiro, destacando a natureza temporária de sua indicação.

Vale lembrar que a governadora Adriana Kugler já anunciou sua saída do Fed, que ocorrerá nesta sexta-feira.

A Casa Branca enfatizou que nada disso está confirmado até que Trump faça um anúncio formal. O porta-voz Kush Desai comentou: “O presidente Trump sempre buscará indicar as pessoas mais competentes e experientes. Entretanto, qualquer discussão sobre decisões de pessoal antes de um anúncio presidencial deve ser considerada pura especulação.”

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Ainda sobre Miran, é importante destacar que ele expressou preocupações significativas sobre o desempenho do Fed recentemente. Junto com Dan Katz, atual chefe de gabinete do Departamento do Tesouro, ele escreveu um artigo em março de 2024 sugerindo uma reforma abrangente no banco central. O texto de 24 páginas critica a instituição por erros políticos que, segundo eles, emergem de um “pensamento de grupo”.

Em suas palavras, “O histórico do Federal Reserve nos últimos anos levanta questões sobre sua adesão às melhores práticas de independência que devem pautar os bancos centrais”. Miran e Katz defendem uma separação das funções de política monetária da regulação e supervisão bancária, limitando a autoridade do conselho nesta última área. Tal mudança, segundo eles, requererá ação legislativa e ajudaria a evitar a contaminação do processo de formulação da política monetária por questões não pertinentes.

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