O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi claro e direto: não haverá extensão para o prazo de 1º de agosto, quando países deverão iniciar o pagamento das tarifas recíprocas.
Em uma postagem contundente em sua plataforma Truth Social, Trump afirmou: “TARIFAS COMEÇARÃO A SER PAGAS EM 1º DE AGOSTO DE 2025. Não houve alteração nessa data, e não haverá”. Ele enfatizou que todo o dinheiro será devido a partir dessa data sem qualquer prorrogação.
Na segunda-feira (7), Trump começou a notificar seus parceiros comerciais sobre essas novas tarifas, prevendo um prazo inicial para concluir negociações durante a semana. No entanto, as cartas que estabeleceram tarifas unilaterais para países que não fecharam acordos vieram acompanhadas de uma ordem executiva que adiou a implementação por três semanas, efetivamente oferecendo uma extensão para negociações.
Ele mesmo admitiu que o prazo de 1º de agosto “não é 100% firme” em conversa com repórteres, sugerindo que concessões adicionais poderiam influenciar essa data. Essa incerteza gerou ceticismo em Washington e Wall Street, onde muitos duvidam que Trump cumprirá suas ameaças tarifárias.
Após o anúncio, os investidores pareceram desconsiderar as cartas de demanda de tarifas, com ações oscilando perto de máximas históricas, apesar do S&P 500 ter flertado com níveis de sobrecompra, permanecendo ao redor de 6.200 pontos.
Essa é mais uma etapa de uma agenda comercial marcada por atrasos e reveses. Trump tenta usar a ameaça de tarifas para remodelar o comércio global e incentivar a transferência de empregos de manufatura para os Estados Unidos, impactando consideravelmente os mercados financeiros.
Inicialmente, ele anunciou tarifas recíprocas elevadas para mais de 50 parceiros comerciais em 2 de abril, mas reduziu temporariamente essas tarifas para 10% durante 90 dias, permitindo negociações. Esse prazo expira esta semana, mas a ordem executiva de Trump adiou a implementação para 1º de agosto.
Embora planejasse negociações com vários parceiros simultaneamente, até agora os EUA só conseguiram acordos estruturais com o Reino Unido e Vietnã, enquanto uma trégua com a China foi estabelecida para reduzir tarifas, mas Trump mostrou preferência por tarifas unilaterais.
As notificações tarifárias enviadas mantiveram a maior parte das tarifas previamente anunciadas. Japão e Coreia do Sul enfrentam 25% de tarifas, África do Sul 30% e Laos e Mianmar, 40%.
Trump alertou esses países para não retaliar, afirmando que qualquer ação contra os EUA resultaria em um aumento correspondente nas tarifas.

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