Na próxima semana, durante a Conferência de Segurança de Munique, esperam-se revelações significativas da administração Trump, visando um plano para solucionar a guerra na Ucrânia. Segundo insiders, o representante especial de Trump, Keith Kellogg, apresentará as diretrizes aos aliados.
Essa proposta será divulgada entre os dias 14 e 16 de fevereiro, coincidindo com a aproximação do terceiro aniversário do conflito. Nas últimas semanas, comentários de Kellogg e outros membros sugeriram uma abordagem que os aliados de Trump estão chamando de “paz através da força”.
Esses elementos podem incluir a proposta de congelar o conflito, permitindo que as forças russas retenham territórios ocupados, enquanto oferece à Ucrânia garantias de segurança para prevenir novos ataques por parte da Rússia.
As obrigações ucranianas registraram um aumento notável esta semana, em meio a especulações sobre a proximidade de um acordo de paz. Os títulos em dólar com vencimento em 2035 e 2036 estão sendo negociados em seus maiores níveis desde a sua emissão.
Kellogg manifestou a intenção dos EUA de facilitar eleições na Ucrânia após um cessar-fogo. Paralelamente, Trump indicou que o acesso a recursos minerais poderia ser um ponto de negociação em troca do apoio americano. O general aposentado confirmou sua presença no evento em Munique.
Trump também ameaçou a Rússia com sanções rigorosas se o país não se engajar em negociações. Um porta-voz da Casa Branca ainda não se manifestou sobre pedidos de comentários feitos.
Contato com Washington
A Ucrânia, na busca por uma segurança duradoura, prioriza a adesão à OTAN, embora essa perspectiva ainda pareça distante. O presidente Volodymyr Zelensky reiterou sua abertura à realização de eleições após o fim da guerra e a suspensão da lei marcial.
Na semana, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Michael Waltz, manteve contato com Andriy Yermak, conselheiro de Zelensky. Além disso, o porta-voz de Putin mencionou um aumento nas comunicações entre as agências dos EUA e da Rússia.
Recentemente, tanto Putin quanto Zelensky mostraram sinais de disposição para diálogo, com Zelensky expressando sua vontade de mediá-las em colaboração com os aliados da Ucrânia. Em uma recente conversa com o apresentador Piers Morgan, ele afirmou que está preparado para discutir soluções com Putin, em alinhamento com os parceiros da Ucrânia.
Esse posicionamento se alinha a declarações anteriores feitas à Bloomberg News, onde expressou sua prontidão para negociações, ao lado dos EUA e da UE.

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