Durante a madrugada, o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu a todos ao anunciar um acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã, em uma tentativa de esfriar as hostilidades entre os dois países e acabar com um ciclo de violência que já dura mais de uma década.
Segundo informações, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou suspender ataques após uma conversa com Trump na última terça-feira. Contudo, apesar do acordo, Israel teria atacado um complexo de radares perto de Teerã, alegando que a ofensiva foi uma resposta a um lançamento de mísseis por parte do Irã, que ocorreu logo após a trégua ter sido implementada.
Trump demonstrou sua insatisfação com a situação: “NÃO SOLTEM ESSAS BOMBAS. SE FIZEREM ISSO, SERÁ UMA GRAVE VIOLAÇÃO. TRAGAM SEUS PILOTOS DE VOLTA, AGORA!”, publicou em seu espaço na Truth Social, claramente se dirigindo a Israel.
Além disso, sua frustração ficou evidente quando foi questionado por repórteres fora da Casa Branca antes de seguir para uma cúpula da OTAN em Haia. Trump declarou: “Temos dois países que vêm lutando há tanto tempo e com tanta intensidade que eles não sabem o que estão fazendo.”
Esses comentários, assim como os posts na Truth Social, evidenciam quão delicada é a paz entre Israel e Irã, dois adversários históricos que se enfrentam em um conflito intenso desde 13 de junho.
O cessar-fogo foi anunciado por Trump na noite de segunda-feira, logo após os EUA entrarem diretamente no conflito com ataques a instalações nucleares iranianas, que se seguiram a um ataque previamente anunciado pelo Irã a uma base aérea americana no Catar.
Sob a pressão da situação, Trump afirmou confiar que a trégua se manteria, embora os sinais mostrassem o contrário. Ele comentou: “Acho que ambos violaram [o cessar-fogo]”, mas foi rápido em garantir que não acredita que “a trégua está ruindo.”
O novo acordo foi apresentado por Trump como o fim de uma guerra que se arrastava por 12 dias, marcada por intensos ataques entre Israel e as forças iranianas, que incluíram retaliações diretas de ambos os lados a alvos estratégicos.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã afirmou ter lançado 14 mísseis contra Israel momentos antes do cessar-fogo entrar em vigor, justificando como resposta a um ataque israelense que deixou vários militares mortos.
Desde o início do conflito, em 13 de junho, 606 civis e militares iranianos foram reportados como mortos, enquanto Israel contabilizou 28 vítimas, incluindo quatro pessoas na última terça-feira.
Num alerta nas redes sociais, Trump reafirmou, pouco antes das 9h10 no horário de Dubai: “O CESSAR-FOGO ESTÁ EM VIGOR. POR FAVOR, NÃO O VIOLEN!”
A repercussão disso nos mercados foi imediata, com preços do petróleo registrando uma queda significativa no final da segunda-feira, após investidores perceberem que os recentes ataques do Irã ao Catar não resultaram em perdas humanas nem em danos expressivos. O Brent sofreu uma queda de 4,1%, retornando a valores próximos aos históricos antes do início dos ataques israelenses em junho.
Segundo um alto funcionário da Casa Branca, Trump desempenhou um papel crucial na mediação do cessar-fogo em sua conversa com Netanyahu. Vários membros de sua equipe, incluindo o vice-presidente JD Vance e o secretário de Estado Marco Rubio, também participaram das negociações com os iranianos.
No entanto, Israel condicionou sua participação ao cessar-fogo à promessa de que o Irã não realizaria novos lançamentos de ataques, enquanto Teerã sinalizou disposição para cumprir o acordo, embora a desconfiança ainda persista.

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