A tensão entre a Índia e o Paquistão continua a pairar no ar, apesar de uma trégua que parecia ser respeitada neste domingo (11). Após quatro dias de intensos combates, as duas potências nucleares se encontraram à beira de uma guerra em larga escala.
O marechal A.K. Bharti, em coletiva de imprensa, fez declarações chocantes, afirmando que a Índia alcançou seu objetivo de “dizimar os acampamentos terroristas”. Segundo ele, dezenas de suspeitos foram mortos no Paquistão. No entanto, a tragédia veio com a perda de cinco soldados indianos e a morte de civis, conforme relatado por Rajiv Ghai, diretor-geral de operações militares da Índia.
O conflito escalou dramaticamente no sábado (10), com ataques aéreos e de mísseis direcionados a instalações militares. Foi somente após intensas negociações que ambos os lados concordaram em observar a trégua, mediada pelos EUA. Na manhã deste domingo, embora alguns relatos indicassem possíveis violações, até então o cessar-fogo parecia firme.
Ambas as nações, que já se enfrentaram em várias ocasiões ao longo das décadas devido à conturbada região da Caxemira, trocaram ataques militares recíprocos desde quarta-feira (7), acusando-se mutuamente de agravar a situação. Diante do agravamento do cenário, os EUA, a China e outras nações pediram cautela.
Diferentemente de confrontos anteriores que se restringiam à “Linha de Controle”, os ataques recentes ocorreram ao longo da fronteira ocidental e afetaram áreas urbanas densamente povoadas, aumentando ainda mais o risco de uma crise humanitária.
As tensões começaram a se intensificar em 22 de abril, quando um ataque armado resultou na morte de 26 civis em Jammu e Caxemira, na Índia. A Índia rapidamente classificou o episódio como ato terrorista, acusando o Paquistão de envolvimento, um fato que Islamabad prontamente negou.
Duas semanas após os ataques, em 7 de maio, a Índia realizou um bombardeio em nove regiões do Paquistão, que descreveu como acampamentos terroristas. Esta foi a maior violação do território paquistanês desde a guerra de 1971.
Por outro lado, o exército do Paquistão reivindicou a derrubada de cinco jatos de combate indianos, incluindo modelos Rafale, fabricados na França. A Índia, no entanto, tem mantido silêncio sobre essa questão. O marechal A.K. Bharti indicou que, em um cenário de combate, perdas são esperadas, e evitou dar mais detalhes sobre a situação ao afirmar que “ainda estamos em um contexto de combate.”
O exército indiano havia alegado anteriormente ter derrubado caças paquistaneses, mas Islamabad não confirmou essas alegações, deixando a população perplexa sobre o real estado de seus conflitos.

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