O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou um acordo revolucionário com aliados do G-7, removendo a desastrosa proposta da Seção 899, popularmente chamada de “taxa de vingança”. Essa medida estava destinada a punir países que, segundo legisladores americanos, impõem impostos discriminatórios sobre empresas dos EUA.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, fez um anúncio contundente nas redes sociais: “As taxas do Pilar 2 da OCDE não se aplicarão às empresas dos EUA, e estamos prontos para implementar este acordo no âmbito do Quadro Inclusivo OCDE-G20 conforme avançamos”.
Bessent pediu ao Senado e à Câmara que retirem a“, medida da Seção 899 do projeto de lei conhecido como One, Big, Beautiful Bill”, revelando sua intenção clara de proteger o setor empresarial americano de manobras fiscais irreais.
Até o momento, representantes do presidente da Câmara, Mike Johnson, e do líder da maioria no Senado, John Thune, não comentaram sobre a remoção da medida. Porém, o clima é de cauteloso otimismo.
A Seção 899, a tal “taxa de vingança”, pretendia restringir investimentos estrangeiros, intimidando os aliados dos EUA que taxam serviços digitais, especialmente as empresas de tecnologia. A proposta foi amplamente criticada por suas potenciais consequências negativas em Wall Street, com investidores temerosos de uma retração drástica nos investimentos internacionais.
O vice-secretário do Tesouro, Michael Faulkender, informou à Bloomberg News que a administração estava prestes a alcançar um “avanço”, o que reforçou as esperanças de eliminar a taxa de vingança antes da votação final.
A OCDE, por sua vez, continua a ser a arena onde debates sobre impostos corporativos ocorrem, mas a resistência dos EUA em ceder autoridade tributária gerou tensões. A taxa de vingança estava ligada ao imposto mínimo global de 15% negociado pelo ex-presidente Joe Biden. Essa medida foi vista como um retrocesso pela administração Trump, que defendeu a soberania tributária americana.
Este imposto mínimo global, parte de um pacto envolvendo mais de 140 países, visa instituir uma alíquota mínima de 15% sobre empresas multinacionais em todas as jurisdições. No entanto, os defensores do Tesouro de Trump argumentaram vigorosamente que a estrutura tributária dos EUA deve permanecer inalterada e impermeável ao quadro global da OCDE, dado que os EUA já impõem um regime tributário robusto sobre rendas obtidas fora do país.

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