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Suprema Corte dá impulso a Trump em demissões de funcionários públicos

Decisão da Suprema Corte é uma vitória temporária para Trump em sua luta contra funcionários públicos.

Imagem mostrando a interação entre o TikTok e a Suprema Corte dos EUA.
<p>Kent Nishimura/Bloomberg</p>

A Suprema Corte dos EUA concedeu uma vitória temporária ao presidente Donald Trump, permitindo que sua administração prossiga com as demissões de dezenas de milhares de funcionários federais. A decisão bloqueou uma ordem de um juiz que exigia a reintegração de empregados em seis departamentos do governo. Este movimento é parte da estratégia de Trump que visa cortar custos e moldar as prioridades das agências governamentais.

Na terça-feira, com duas dissidências, a alta corte apoiou o presidente, marcando a terceira vez em uma semana que o Supremo reafirma a legalidade das ações de Trump para transformar a administração federal. Este é um marco importante, pois é o primeiro caso de demissão em massa a chegar até a Suprema Corte. O processo envolve 16 mil trabalhadores que eram apenas contratados recentemente ou promovidos, englobando setores como Agricultura, Defesa, Energia, Interior, Tesouro e Assuntos de Veteranos.

O juiz do Distrito dos EUA, William Alsup, havia solicitado que esses trabalhadores fossem reintegrados enquanto um processo iniciado por sindicatos e ONGs seguia em diante. Entretanto, a decisão unânime da alta corte deixou claro que os grupos que solicitaram a ordem de Alsup não possuíam a base legal necessária para tal. Em um breve despacho, o tribunal afirmou: “Aqui, as alegações são insuficientes para sustentar a posição das organizações”.

Enquanto isso, trabalhadores em 19 estados, assim como no Distrito de Columbia, permanecem em licença administrativa paga, conforme um caso similar ainda está em andamento em Maryland. No entanto, a decisão do Supremo significa que a administração Trump não será obrigada a reabsorver todos os funcionários nos departamentos alvo, podendo avançar nas demissões de aqueles que não estão cobertos na ordem judicial de Maryland.

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As juízas Sonia Sotomayor e Ketanji Brown Jackson expressaram, em dissidência, que teriam negado o pedido de Trump, sendo que Sotomayor não colocou razão enquanto Jackson argumentou que não teria considerado a legitimidade da questão em um contexto de emergência.

Os sindicatos que desafiam as demissões, liderados pela Federação Americana de Funcionários Públicos, prometeram continuar a luta. Eles afirmam que as demissões em massa foram ilegais e que a ordem do Supremo é uma decepção, mas não o fim de sua batalha para reverter as decisões federais.

A crítica de Alsup

O juiz Alsup destacou que o Escritório de Gestão de Pessoal, atuando como o braço de recursos humanos federal, provavelmente violou a lei ao instruir agências a demitir funcionários. Durante as audiências, ele caracterizou uma carta padrão de demissão do OPM, que sugeria demissões motivadas por desempenho, como “falsa”.

Os grupos que processam argumentaram que o OPM não tem autoridade para direcionar demissões, alegando que o tribunal inferior corretamente concluiu que o escritório tinha direcionado o desligamento de milhares de funcionários desde fevereiro, sem base em desempenho.

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A procuradora adjunta, Sarah Harris, sustentou que os grupos em litígio tinham “sequestrado” a relação entre o governo e seus trabalhadores. Ela também criticou a intromissão do Judiciário em questões executivas, afirmando que os tribunais inferiores não deveriam ter poder para supervisionar as políticas de demissão e contratação do Executivo.

Harris argumentou ainda que reintegrar os funcionários teria um impacto financeiro e logístico desproporcional ao governo. “A cada dia em que o governo está sob o peso da liminar, ele sofre um dano inaceitável em suas operações”, asseverou.

Entretanto, os sindicatos e ONGs expressaram ceticismo a respeito da magnificação dos encargos alegados pela administração, ressaltando que muitos dos profissionais demitidos já foram readmitidos e apenas estão reassumindo postos que ocuparam anteriormente. Eles argumentaram: “É difícil acreditar que retomar os funcionários criaria danos irreparáveis, visto que estes indivíduos estavam em suas funções dias ou semanas atrás.”

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