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Stuhlberger adota estratégia de venda na Bolsa brasileira após 7 anos
O fundo Verde, de Luis Stuhlberger, assume uma posição vendida nas ações locais, sinalizando sua preocupação com a economia brasileira.
Luis Stuhlberger, uma figura proeminente no cenário financeiro nacional, decidiu reviver uma estratégia que não utilizava desde 2016. Ele está, agora, em busca de proteção contra a volatilidade da bolsa brasileira, à medida que surgem questionamentos sobre a capacidade do governo em controlar um crescente déficit orçamentário.
De acordo com informações de sua carta aos cotistas, o renomado investidor de 70 anos tornou-se “levemente” vendido em relação às ações locais, marcando a primeira vez em sete anos que seu fundo Verde carrega uma posição liquidamente vendida no mercado brasileiro. Isso é um sinal claro de sua desconfiança em relação ao cenário econômico atual.
O fundo alerta que “a nesga de credibilidade fiscal que restava ao atual governo foi jogada fora”. A política econômica, segundo a nota, se encontra desancorada, contando apenas com a atuação do Banco Central para tentar controlar a inflação, o que não é suficiente. A sombra do risco de dominância fiscal paira sobre o mercado.
Os investidores se mostram cada vez mais desiludidos com os ativos brasileiros, especialmente após o decepcionante pacote fiscal apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A inclusão de uma isenção de imposto de renda inesperada pegou traders de surpresa e pode comprometer ainda mais a eficácia do pacote.
Stuhlberger é conhecido por sua astúcia nos mercados financeiros e o seu fundo principal, a Verde Asset Management, acumulou impressionantes 26.000% em ganhos desde sua fundação em 1997. Recentemente, o fundo registrou um aumento de 3,3% após taxas em novembro, superando o ganho de 0,8% do CDI no mesmo período. Isto demonstra a habilidade de Stuhlberger em navegar em águas turbulentas.
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