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Stellantis demite CFO para reverter crise e reconquistar investidores
A montadora Stellantis anunciou mudanças drásticas na gestão, buscando recuperar a confiança do mercado e estabilizar seus negócios em crise.
A Stellantis decidiu substituir sua diretora financeira em um movimento audacioso para reverter a crise e restaurar a confiança dos investidores. A montadora, que enfrenta uma fase turbulenta, tenta estabilizar seus negócios em um mercado automotivo desafiador.
Natalie Knight, que ocupou o cargo de CFO desde o ano passado, está deixando a empresa. Em seu lugar, Doug Ostermann assume a posição, conforme anunciado em um comunicado nesta quinta-feira (10). Knight enfrentou críticas intensas após o recente alerta de lucro, que ocorreu apenas uma semana depois de ela descrever a meta de margem para o ano como “ambiciosa” — uma declaração que agora ressoa como um erro de avaliação.
A mudança não para por aí. Uwe Hochgeschurtz, que foi diretor de operações para a Europa-ampliada, também está deixando o cargo. Adicionalmente, a Stellantis implementou reformas em suas operações na América do Norte e nas marcas Maserati e Alfa Romeo. Estas alterações foram decididas após uma reunião do conselho de administração nos EUA esta semana.
Atualmente, a Stellantis batalha contra um mercado automotivo em desaceleração e cada vez mais competitivo, somado a problemas internos, como atrasos no lançamento de modelos. Esse cenário coloca o CEO Carlos Tavares sob uma pressão crescente. Críticas provenientes de investidores, concessionárias e sindicatos se intensificaram, sobretudo devido à queda nas vendas, uma linha de veículos nos EUA que já não atende às demandas do mercado e um estoque excessivo.
Segundo informações da Bloomberg, divulgadas na quarta-feira (9), Tavares considerou implementar uma reforma significativa na gestão como resposta ao descontentamento da montadora, com mudanças que podem impactar diversos departamentos — desde finanças até operações regionais e marcas individuais. O contrato de Tavares termina no início de 2026, e o conselho já está em busca de um possível sucessor.
Investidores mostraram-se frustrados com as previsões de lucro da Stellantis, que incluíam uma projeção de um fluxo de caixa livre industrial que, no pior cenário, poderia ser negativo em € 10 bilhões — uma revisão drástica em relação às orientações anteriores que apontavam para um desempenho positivo. Analistas rebaixaram as ações da empresa, afirmando que a gravidade dos cortes resultou em uma perda significativa de credibilidade.
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