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Starbucks considera vender parte de operações na China: entenda o que isso significa

Starbucks, com receitas de US$ 3 bilhões na China, avalia a venda de participação. O que está em jogo para a marca?

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Insígnia da Starbucks em um estabelecimento em Los Angeles, EUA (REUTERS/Lucy Nicholson)

A (SBUX) está em conversas sérias sobre suas operações na China, considerando a venda de uma fatia do negócio. Fontes que preferem não ser identificadas revelam que a empresa está em busca de novas estratégias para se expandir nesse mercado competitivo.

Os planos incluem avaliar a possibilidade de um parceiro local, além de sondar o interesse de investidores, principalmente fundos de private equity, que poderiam trazer novas perspectivas ao negócio, de acordo com as fontes consultadas.

Essa eventual venda pode despertar o interesse de conglomerados chineses e empresas experientes no setor, de acordo com relatos. No entanto, a Starbucks ainda não decidiu se seguirá adiante com essa estratégia.

As ações da Starbucks se mantiveram estáveis nas negociações pré-abertura do mercado em Nova York, mas já enfrentaram uma queda de 5% nos últimos 12 meses.

A pressão está crescente, especialmente do investidor ativista Elliott Investment Management, que está pressionando a companhia a rever sua atuação na China, conforme reportado pela Bloomberg News. Concorrentes como McDonald’s e Yum! Brands já seguiram pelo caminho de desmembrar suas operações chinesas em busca de crescimento mais sólido.

A China representa o segundo maior mercado da Starbucks mundialmente, com uma receita líquida de aproximadamente US$ 3 bilhões no último ano fiscal. Apesar do crescimento de 12% no número de lojas, a competição com empresas locais como Luckin Coffee está se intensificando.

Brian Niccol, o novo CEO da Starbucks, mencionou a complexidade do ambiente competitivo e a dificuldade econômica durante uma recente chamada com analistas. Ele destacou que a empresa está atenta às suas operações na China e explorando parcerias estratégicas que poderiam trazer resultados a longo prazo, embora não tenha oferecido muitos detalhes sobre essas iniciativas.

“Estamos totalmente comprometidos com nosso negócio e parceiros, e com o crescimento na China”, declarou um porta-voz da empresa em resposta a perguntas da Bloomberg News nesta semana. “Estamos em busca do melhor caminho para continuar a crescer, o que inclui explorar diferentes parcerias estratégicas.”

Antes de assumir a liderança da Starbucks em setembro, Niccol, que foi CEO da Chipotle, herdou uma situação desafiadora, com sua antecessora, Laxman Narasimhan, sendo demitida devido à queda nos resultados da empresa. Há uma expectativa de que Niccol intensifique seus esforços para aprimorar a experiência do cliente, especialmente na agilidade do atendimento. Este ano, as ações da Starbucks tiveram um leve aumento de 2%, elevando seu valor de mercado para cerca de US$ 111 bilhões.

Atualmente, a Starbucks opera 7.596 lojas na China, o que equaciona cerca de 19% de sua presença global. Apesar do crescimento, as vendas em lojas comparáveis caíram 14% no último trimestre, o que levanta preocupações sobre o futuro da marca no país.

Outras cadeias ocidentais também buscam parcerias no mercado chinês diante da forte concorrência. Em 2016, a gerenciadora do KFC, Yum, vendeu parte de suas operações na China e, no ano seguinte, o McDonald’s fez o mesmo, vendendo uma participação por US$ 1,7 bilhão para investidores, incluindo o grupo estatal Citic e o Carlyle Group.

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