A Starbucks (SBUB34) decidiu cortar 1.100 empregos corporativos como parte de uma estratégia de reestruturação para melhorar a eficiência e revitalizar a empresa rapidamente.
Esses desligamentos representam cerca de 7% do total de funcionários fora das lojas da companhia. Embora a empresa não divulgue a cifra exata de seus trabalhadores corporativos, a maioria de sua força de trabalho está presente em seus cafés.
Brian Niccol, o novo CEO que assumiu em setembro com a missão de reverter a queda nas vendas, anunciou a reestruturação em janeiro. Os colaboradores afetados serão informados sobre suas demissões até terça-feira (25). Os funcionários foram orientados a trabalhar remotamente durante a semana.
A Starbucks, que visa eliminar redundâncias, se junta a outras grandes empresas como a Southwest Airlines (S1OU34), que também anunciou cortes significativos de empregos recentemente.
As ações da Starbucks se mantiveram estáveis nas negociações antes da abertura do mercado nos EUA, com um aumento de quase 17% no último ano em comparação aos 18% do índice S&P 500.
Em setembro, a mão de obra da Starbucks contava com 211 mil empregados nos EUA, sendo 95% atuando nas mais de 10 mil lojas da companhia, enquanto no restante do mundo, a empresa contava com cerca de 150 mil empregados.
Os cortes não afetarão os trabalhadores das lojas ou os envolvidos nas operações de armazenamento, fabricação, distribuição e torrefação.
Os colaboradores que perderem seus empregos receberão salários e benefícios até o dia 2 de maio, seguidos de indenizações proporcionais ao tempo de serviço. Além disso, a empresa oferecerá suporte para a transição de carreira.
Como parte da reestruturação, a Starbucks também encerrará várias centenas de posições em aberto.
“Entendemos que essa é uma notícia difícil”, reconheceu Niccol. “Acreditamos que essa mudança é essencial para garantir o futuro de sucesso da Starbucks.”
Novo Modelo de Trabalho
No novo formato, a Starbucks exigirá que os funcionários em cargos de vice-presidência e superiores trabalhem nos escritórios de Seattle ou Toronto três dias por semana. Já os diretores e funcionários abaixo dessa hierarquia poderão continuar com o trabalho remoto, embora as novas contratações em cargos futuros precisem estar em Seattle ou Toronto.
Niccol, que anteriormente foi CEO da Chipotle (C1MG34), tomou medidas rápidas para implementar mudanças que possibilitem uma operação mais fluida nas lojas, como reintroduzir as barras de condimentos e restringir o acesso apenas a clientes pagantes.
O CEO também reverteu decisões de liderança feitas por seu antecessor e fortaleceu a política de retorno ao escritório, alertando que aqueles que não comparecerem três dias por semana poderão ser demitidos, segundo a Bloomberg News.
Entretanto, o próprio arranjo de trabalho de Niccol, que possibilita viagens a partir de sua residência na Califórnia em um jato corporativo, gerou reações adversas entre alguns trabalhadores e críticos da empresa. A Starbucks, no entanto, afirma que Niccol passará a maior parte do tempo em Seattle ou em visitas às lojas.

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