O SoftBank está avançando em negociações que podem resultar na aquisição da Ampere, segundo informações de fontes bem posicionadas no assunto.
Os detalhes indicam que a gigante japonesa está discutindo um acordo que avaliaria a designer de chips, que conta com o apoio da Oracle (ORCL34), em aproximadamente US$ 6,5 bilhões, incluindo dívidas. A expectativa é que um anúncio oficial possa ocorrer nas próximas semanas.
A Bloomberg News reportou no mês passado que tanto o SoftBank quanto a sua subsidiária de chips, Arm, mostraram interesse em adquirir a Ampere. O cenário é promissor, mas, como sempre, riscos de adiamento ou frustração nas negociações permanecem, segundo fontes anônimas que preferem não ser identificadas.
Um eventual acordo pela Ampere, que também tem como investidores iniciais o fundo de investimento Carlyle, se alinha com a crescente onda de empresas de chips buscando se beneficiar do aumento nos gastos relacionados à inteligência artificial. Recentemente, a Oracle confirmou que possui 29% da Ampere e que pode usar opções de investimento futuras para garantir o controle total da empresa.
A Ampere, especializada na fabricação de processadores para data centers utilizando tecnologia da Arm, foi avaliada em mais de US$ 8 bilhões durante um investimento minoritário proposto pelo SoftBank em 2021, de acordo com reportagens da Bloomberg News. Desde então, o mercado de chips se tornou significativamente mais competitivo, com várias grandes empresas de tecnologia lutando para desenvolver produtos similares.
Nesta quarta-feira (5), a Arm lançou uma previsão moderada de receita, levantando preocupações sobre uma possível desaceleração nos investimentos em computação de IA. A expectativa é que a empresa arrecade entre US$ 1,18 bilhão e US$ 1,28 bilhões no quarto trimestre fiscal, que va até março.
Esse cenário se segue a uma previsão desanimadora divulgada pela AMD no início da semana, alimentando temores de que o atualmente próspero mercado de hardware para IA pode estar se aproximando de um terreno instável. Recentemente, a startup chinesa DeepSeek, que apresentou um modelo de IA sustentável no mês passado, sugeriu que os provedores de tecnologia possam não gerar a receita esperada.

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