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SoftBank e Nvidia: Uma Revolução com o Novo Supercomputador de IA!

A SoftBank, em parceria com a Nvidia, anuncia a construção do supercomputador mais potente do Japão, almejando um avanço significativo na inteligência artificial.

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O SoftBank está prestes a se tornar pioneiro na construção de um supercomputador utilizando o revolucionário semicondutor Blackwell da Nvidia. Esta ação não é apenas uma proposta; é uma clara demonstração das ambições da gigante japonesa para se reposicionar como líder no cenário da inteligência artificial (IA).

A unidade de telecomunicações do SoftBank se propõe a desenvolver o supercomputador de IA mais poderoso do Japão, que terá um papel crucial ao apoiar uma vasta gama de serviços locais. Esse avançado sistema será baseado no modelo DGX B200 da Nvidia, que combina processadores tradicionais com chips aceleradores de IA. Além disso, um esforço futuro incluirá o desenvolvimento do Grace Blackwell, uma versão ainda mais sofisticada.

Na quarta-feira (13), as ações da SoftBank, a terceira maior operadora de telefonia móvel do Japão, reverteram perdas e fecharam em alta de 1%. Por outro lado, a holding SoftBank Group viu suas ações caírem 1,7%. Essa variação no mercado reflete a expectativa positiva em torno do novo projeto de IA.

Os chips da Nvidia se tornaram itens de grande valor para as principais empresas de tecnologia mundial, fundamentais para a criação e execução de modelos de IA. Este processo exige um tratamento intenso de dados, algo que os chips aceleradores possuem uma capacidade excepcional de realizar.

O anúncio revela que a SoftBank, que detinha 4,9% da Nvidia até o início de 2019, agora se posiciona favoravelmente na fila para garantir sua cota de chips. O visionário fundador da SoftBank, Masayoshi Son, declarou que está se preparando para “apostar alto” em investimentos voltados à IA. Recentemente, a empresa reportou um retorno à lucratividade, impulsionado pela valorização das tecnologias.

Durante a Cúpula de IA da Nvidia em Tóquio, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou a nova linha Blackwell, embora a produção tenha enfrentado atrasos que postergaram o lançamento. Huang estimulou a expectativa ao afirmar que, assim que a fabricação aumentar, os suprimentos serão abundantes. Clientes estão ávidos para assegurar os primeiros chips dessa nova linha.

Son e Huang dividiram o palco, e, ao ser lembrado sobre a participação anterior do SoftBank na Nvidia — que hoje vale aproximadamente US$ 178 bilhões — Son não conseguiu esconder um sorriso desconfortável e, em seguida, abraçou Huang calorosamente.

A Nvidia tem percorrido o globo, promovendo o que muitos chamam de nova revolução industrial. Com eventos realizados na Índia e no Japão, a empresa visa ampliar a adoção de sistemas de IA e diminuir laços excessivos com grandes clientes dos EUA.

Além do desenvolvimento do novo supercomputador e planos para um segundo, a unidade de telecomunicações do SoftBank se dedicará a utilizar equipamentos da Nvidia para prestar serviços de IA através de redes celulares. A tecnologia tradicional, que depende de chips customizados para otimizar o tráfego móvel, já não atende as exigências dos novos serviços de IA.

“O resultado será uma rede de IA que operará por todo o Japão”, comentou Huang, reafirmando que isso transformará a infraestrutura de comunicação em uma rede inteligente e conectada.

As novas AI-RANs, ou Redes de Acesso Rádio de IA, foram projetadas para atender demandas em robótica remota, suporte a veículos autônomos e impulsionamento de outros serviços essenciais, sendo também mais eficientes no consumo de eletricidade.

A unidade de telecomunicações começará, em breve, a testar a nova rede com a colaboração dos parceiros Fujitsu e Red Hat, da IBM.

“Vamos adquirir um grande volume de seus chips”, afirmou Son a Huang, ressaltando a seriedade e o comprometimento com essa nova era tecnológica.

O Japão está à beira de uma transformação significativa, com Son frequentemente criticando empresas e governo pela resistência em adotar novas tecnologias. No entanto, agora, ele observa que o governo japonês não está colocando obstáculos ao avanço em IA e robótica.

O governo destinou ¥ 4 trilhões (US$ 26 bilhões) para fortalecer sua capacidade de fabricação interna de chips, incluindo um projeto audacioso da Rapidus para erguer uma fundição de última geração que competirá com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., que produz chips da Nvidia. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba também se comprometeu a investir mais de US$ 65 bilhões para revitalizar os setores de semicondutores e IA no país.

“Mas eles deveriam incentivar ainda mais”, afirmou Son ao lado de Huang. “Como você mencionou, este é um reinício; este é o momento decisivo para essa revolução. Não podemos deixar essa oportunidade passar.”

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