A Snap, famosa pelo aplicativo de compartilhamento de fotos Snapchat, relatou um desempenho decepcionante no segundo trimestre, com vendas de apenas US$ 1,345 bilhão, aquém das expectativas de Wall Street que giravam em torno de US$ 1,35 bilhão. Este revés se deu após a empresa enfrentar um problema técnico em suas ferramentas de publicidade, que permitiram que anunciantes adquirissem espaços a preços extremamente reduzidos.
Após o anúncio, as ações da Snap sofreram uma queda considerável no pregão pós-fechamento. Contudo, a companhia já anunciou que corrigiu o erro e destacou que o crescimento da receita de publicidade apresentou sinais de recuperação. Projeções otimistas agora sugerem que as vendas futuras poderão ficar entre US$ 1,48 bilhão e US$ 1,51 bilhão, superando a expectativa média de analistas.
O CEO Evan Spiegel e sua equipe têm se esforçado por anos para aprimorar a tecnologia de publicidade da empresa. Esse esforço havia rendido frutos significativos, superando as expectativas de receita em seis dos últimos oito trimestres. O foco permanece na nova unidade de publicidade Sponsored Snaps, com mensagens pagas aparecendo na caixa de entrada dos usuários, disfarçadas como comunicações de amigos.
Além disso, a Snap estabeleceu um serviço de assinaturas, o Snapchat+, que continua a mostrar crescimento robusto, atingindo quase 16 milhões de assinantes, um aumento significativo em relação aos 15 milhões do trimestre anterior. Esse modelo não apenas diversifica as fontes de receita, mas também é uma resposta à volatilidade dos orçamentos de marketing durante períodos econômicos desafiadores. A categoria “outras receitas” da empresa alcançou US$ 171 milhões, mostrando um crescimento impressionante de 64% em relação ao ano anterior.
Spiegel também está reformulando a equipe de engenharia, uma mudança estratégica para se alinhar melhor com as prioridades comerciais da empresa. Isso inclui a saída de Eric Young, vice-presidente sênior de engenharia da Snap.
Com as ações caindo 13% no acumulado do ano, a Snap viu uma queda ainda mais acentuada de 14% após o relatório. O preço das ações fechou a US$ 9,39 em Nova York. A empresa, com sede em Santa Monica, Califórnia, registrou um prejuízo líquido de US$ 262,6 milhões, equivalente a 16 centavos por ação, um leve aumento em relação ao prejuízo de US$ 248,6 milhões do ano anterior. Por outro lado, a base de usuários ativos diários cresceu 9%, totalizando 469 milhões, superando as expectativas dos analistas que projetavam 468,1 milhões.

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