A varejista de fast-fashion Shein viu seu lucro despencar quase 40% no último ano, uma situação que intensifica a pressão sobre a proposta de oferta pública inicial (IPO) na Londres, conforme revelou o Financial Times citando fontes anônimas.
O lucro líquido da empresa caiu para US$ 1 bilhão, mesmo diante de um aumento de 19% nas vendas, que chegaram a impressionantes US$ 38 bilhões, de acordo com as projeções internas antes da finalização das contas. Uma das fontes consultadas pelo jornal destacou essa discrepância.
Embora a Shein não divulgue suas projeções de lucro formalmente, uma apresentação direcionada a investidores em 2023 previu um lucro de US$ 4,8 bilhões e vendas de US$ 45 bilhões para o ano passado, segundo informações do FT. A varejista optou por não comentar o conteúdo do artigo.
A empresa, avaliada em US$ 66 bilhões durante uma rodada de financiamento em 2023 e alcançando até US$ 100 bilhões em 2022, apresentou documentos para um IPO de forma confidencial em junho. O Bloomberg News já havia noticiado que a empresa poderia ser forçada a revisar sua avaliação para cerca de US$ 30 bilhões.
Originária da China, mas atualmente com sede em Singapura, a Shein se destacou como uma das startups mais valiosas do mundo, conquistando clientes com suas ofertas de moda rápida a preço acessível.
O FT já havia indicado que a empresa pode optar por adiar sua listagem para o segundo semestre do ano, em meio a repressões implementadas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, relacionadas às importações isentas de tarifas de produtos menores da China.

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