Nos bastidores da administração Trump, uma voz se destaca como forte candidata à presidência do Federal Reserve: Scott Bessent, atual secretário do Tesouro.
Durante uma declaração publicada na última sexta-feira (6), o presidente Donald Trump mencionou que em breve anunciará quem sucederá Jerome Powell, cujo mandato se encerra em maio de 2026.
A lista de potenciais candidatos está se restringindo e inclui até Kevin Warsh, ex-membro do Fed, que Trump já havia entrevistado para o cargo de secretário do Tesouro no passado. No entanto, informações de fontes anônimas indicam que Bessent se torna um nome cada vez mais relevante.
O atual secretário do Tesouro tem liderado os esforços de Trump em promover mudanças significativas nas políticas de comércio, impostos e regulamentação, colocando-o numa posição privilegiada. As entrevistas formais para a posição ainda não começaram.
Bessent, ao ser abordado sobre seu vínculo com a presidência do Fed, respondeu: “Estou satisfeito com meu trabalho atual. O presidente irá escolher quem acredita ser o melhor para a economia americana.”
Um funcionário sênior da administração, também sob a condição de anonimato, questionou a veracidade das informações disponíveis, mas não deu detalhes adicionais sobre o assunto.
Como chefe do Tesouro, Bessent normalmente teria uma função de destaque na busca por um novo presidente do Fed, mas fica a dúvida se ele se afastaria desse processo uma vez que o presidente comece a tomar decisões.
“Com a confiança que o mercado financeiro global deposita em Scott Bessent, ele é um candidato ideal,” disse Tim Adams, presidente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF). Adams ainda apontou que Warsh também é um excelente candidato e reconheceu a sua experiência anterior no Fed.
Quando questionado acerca de Warsh, Trump declarou: “Ele é altamente respeitado.”
Bessent está na linha de frente das negociações do crucial acordo comercial entre os EUA e a China, um dos principais objetivos da administração Trump para transformar o cenário comercial mundial.
Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca, elogiou Bessent: “Ele demonstrou sua capacidade de colocar em prática a agenda do presidente, mesmo em tempos desafiadores, e é considerado uma figura confiável nos mercados financeiros globais.”
Trump tem se mostrado insatisfeito com Powell, frequentemente criticando sua hesitação em reduzir as taxas de juros. O presidente pressionou Powell em um encontro na Casa Branca no mês passado por ações mais decisivas.
Embora o Fed tenha mantido taxas de juros estáveis em 2025, os integrantes do banco destacam a importância de uma política monetária paciente, especialmente diante da incerteza gerada pelas tarifas implementadas pela administração Trump.
A próxima indicação precisará demonstrar que a independência do Fed frente a pressões políticas é respeitada, dado que Trump manifestou interesse em influenciar as decisões de taxa de juros.
“Bessent ou Warsh receberiam um voto de confiança por parte da comunidade financeira em relação à preservação da autonomia do Fed,” acrescentou Adams.
Arthur Laffer, economista e aliado de Trump, reconheceu a qualidade de Bessent, mas destacou que sua experiência não está em política monetária. Laffer também expressou sua preferência por Warsh: “Acho que ele é o candidato perfeito para o cargo.”
Outros nomes mencionados para a presidência do Fed incluem Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, Christopher Waller, membro do Fed, e o ex-presidente do Banco Mundial, David Malpass.

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