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Sanofi lança medicamento promissor para impulsionar vendas na dermatologia
Novo tratamento em testes mostra resultados promissores na dermatite atópica, aumentando a competitividade da Sanofi.
A Sanofi está em uma trajetória inovadora com seu novo medicamento para a pele, o “amlitelimab”. Os resultados de um tratamento expandido demonstraram um desempenho impressionante, destacando o potencial da farmacêutica francesa para competir no mercado e impulsionar suas vendas.
De acordo com um comunicado feito pela empresa nesta sexta-feira, aproximadamente 46% dos adultos com dermatite atópica que utilizaram a dose máxima do “amlitelimab” alcançaram condições de pele limpa ou quase limpa após 24 semanas. Comparando, apenas 22% dos pacientes obtiveram esse resultado após 16 semanas. Esses dados são significativos!
Os investidores estão atentos a evidências de que a eficácia do medicamento melhora com o tempo, uma consideração crucial no cenário de tratamentos emergentes. Os resultados obtidos sugerem que o “amlitelimab” pode ser eficaz na restauração do equilíbrio do sistema imunológico, proporcionando resultados duradouros.
“Estamos muito animados não apenas com a eficácia e segurança no curto prazo, mas também com o potencial do medicamento em oferecer controle duradouro da doença e modificação efetiva,” declarou Naimish Patel, chefe de desenvolvimento global para imunologia e inflamação da Sanofi, em uma entrevista recente.
O “amlitelimab” se destaca entre outras promessas no portfólio da Sanofi, especialmente ao lado do extremamente bem-sucedido Dupixent, que fatura bilhões. A farmacêutica registrou vendas de 4,9 bilhões de euros (US$ 5,2 bilhões) apenas no primeiro semestre deste ano, um aumento robusto de 37% em comparação ao ano anterior.
Novas perspectivas de receitas
Tanto o “amlitelimab” quanto o “rocatinlimabe”, da Amgen, que já está em fase final de testes, pertencem a uma nova classe de tratamentos que visam a um componente das células do sistema imunológico conhecido como OX40, crucial na inflamação.
Como o “amlitelimab” atua de forma distinta do Dupixent, existe um horizonte promissor de tratamento para um número maior de pacientes no futuro. Além disso, essa alternativa poderia minimizar os impactos financeiros para a Sanofi uma vez que a proteção de patente do Dupixent comece a expirar em menos de dez anos, como apontou John Murphy, da Bloomberg Intelligence.
Apesar de críticas sobre sua dependência do Dupixent, a Sanofi diversificou seu portfólio com novas aquisições e parcerias, incluindo tratamentos para doenças intestinais e uma forma invasiva de um patógeno digestivo, ampliando assim suas alternativas no mercado.
O “rocatinlimabe” da Amgen ainda lidera em termos de avanço, com dados esperados para o final de 2024 ou início de 2025, conforme análise de Peter Verdult, do Citi. Contudo, o “amlitelimab” possui um potencial máximo de vendas estimado em cerca de 1,6 bilhão de euros.
A Sanofi já planeja iniciar um ensaio clínico de fase 3 do “amlitelimab” focado na dermatite atópica no primeiro semestre de 2024, além de estar investigando o uso do medicamento em estudos intermediários para asma.
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