A Rússia se posiciona de forma “categoricamente” contra qualquer acordo que permita a presença de tropas europeias atuando como forças de paz na Ucrânia. Essa assertiva foi feita pelo Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em uma coletiva de imprensa em Moscou.
Em declaração contundente, Lavrov afirmou: “Não vemos espaço para compromisso”. A integração de forças europeias no cenário ucraniano seria, segundo ele, um “envolvimento descarado dos países da Otan em uma guerra contra a Federação Russa. Isso é impossível de permitir”.
Enquanto isso, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer estão elaborando propostas para uma trégua de um mês na Ucrânia. Este plano abrange operações aéreas e marítimas, além de infraestrutura energética, podendo abrir caminho para o deslocamento de tropas na fase seguinte, conforme sugerido por Macron. Starmer, por sua vez, mencionou uma cúpula no último domingo para discutir a formação de uma “coalizão dos dispostos” com foco nas operações de manutenção da paz na Ucrânia.
Em Bruxelas, líderes europeus se reúnem nesta quinta-feira para uma reunião de emergência a respeito da Ucrânia e dos gastos com defesa. Por outro lado, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expressou seu desejo por um cessar-fogo na Ucrânia, contudo, a Rússia permanece intransigente em sua luta, com suas tropas avançando na linha de frente leste.
Lavrov, em sua crítica, acusou Macron de promover uma agenda hostil em relação à Rússia, equiparando-o a Napoleão e Hitler, após o líder francês afirmar, em um discurso televisionado, que pretende ampliar o escudo nuclear da França para proteger seus aliados europeus.
Ele ressaltou: “Eles afirmaram abertamente, ‘Precisamos conquistar a Rússia, precisamos derrotá-la’”. E terminou sua fala destacando que Macron parece desejar o mesmo, mas paradoxalmente clama por lutar contra a Rússia para que não vença a França.

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