Mercados
Rússia derruba petróleo ao descartar novos cortes de produção
Após um rali de três dias, o petróleo caiu drasticamente com a Rússia afastando novos cortes da OPEP+. Nova perspectiva de mercado fica sombria.
A expectativa de um rali promissor nos preços do petróleo foi rapidamente frustrada, resultando em uma queda acentuada que praticamente eliminou todos os ganhos recentes, após a Rússia afirmar que não pretende implementar novos cortes de produção da OPEP+.
Em uma entrevista ao jornal Izvestia, o vice-primeiro ministro russo, Alexander Novak, deixou claro que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados não devem adotar novas medidas no curto prazo.
Na Bolsa de Nova York, os futuros do West Texas Intermediate sofreram uma queda de 4,5%, atingindo U$ 70,98 o barril. A valorização do dólar frente às principais moedas também exerce pressão sobre os preços do petróleo, já que encarece os barris cotados em dólar para países importadores.
Com uma queda superior a 10% nos futuros de petróleo até o momento, o cenário se agrava diante da lenta recuperação econômica da China e de uma política monetária mais rígida nos EUA.
O Citigroup expressou dúvidas sobre suas previsões anteriores a respeito do crescimento da demanda petrolífera, afirmando que há “vários sinais” indicando que o consumo pode não atingir os níveis esperados pelo banco.
Além disso, a instabilidade gerada pelo impasse do teto da dívida nos EUA continua a afetar o mercado de petróleo, especialmente após a Fitch colocar a classificação de crédito AAA do país sob revisão para possível rebaixamento.
Curiosamente, em meio a essa turbulência, o mercado de câmbio internacional observou um fortalecimento do dólar, já que investidores antecipam segurança em tempos de incerteza. Mesmo diante do risco de um possível default técnico, a moeda americana permanece como um porto seguro.
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