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Presidente de Harvard pede desculpas por preconceito e antissemitismo revelados

À luz de novos relatórios sobre preconceito, presidente de Harvard pede desculpas e promete ação.

Um panorama do campus da Universidade de Harvard.
<p>Passantes no campus da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts. Fotógrafa: Sophie Park/Bloomberg.</p>

A renomada Universidade de Harvard apresentou relatórios significativos sobre antissemitismo e preconceito contra muçulmanos, revelando a alarmante conduta de seus alunos após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. O presidente da instituição, Alan Garber, em uma carta direta nesta terça-feira (29), expressou suas desculpas por não ter atingido as expectativas da comunidade acadêmica.

Garber, que confirmou ter presenciado casos de antissemitismo dentro do campus, está divulgando as análises em um momento em que Harvard, a universidade mais antiga dos EUA, enfrenta investigações governamentais sobre o tratamento de alunos judeus e a discussão sobre questões raciais.

Os relatórios abordam desordens e conflitos no último ano letivo, que foram palco de protestos anti-Israel e acusações de que grupos sionistas haviam revelado informações pessoais de ativistas. As críticas, que se intensificaram sob a administração do ex-presidente Trump, transformaram-se em ataques à governança da universidade, suas iniciativas de diversidade e alegações de viés político.

A universidade reagiu com firmeza, afirmando que as acusações são uma tentativa do governo de exercer controle sobre suas operações, e não uma abordagem verdadeira ao antissemitismo. Recentemente, Harvard moveu uma ação judicial contra o governo, alegando que este suspendeu o financiamento indevidamente após a universidade recusar ‘exigências inconstitucionais’.

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Garber lançou grupos de trabalho para combater antissemitismo e islamofobia em janeiro de 2024, após a renúncia polêmica de Claudine Gay, a primeira presidente negra da instituição, marcada por acusações de plágio e um testemunho mal recebido no Congresso.

Com mais de 500 páginas, os relatórios apresentam relatos impactantes sobre as vidas de estudantes judeus, israelenses, muçulmanos e árabes, resultantes de entrevistas com diferentes membros da comunidade acadêmica.

Análise sobre Antissemitismo

A Força-Tarefa de Combate ao Antissemitismo e Preconceito Anti-Israel caracterizou um campus onde o antissemitismo foi frequentemente ignorado, diferentemente de outras formas de preconceito.

Uma das evidências trazidas foi de um estudante judeu que planejava compartilhar suas vivências como neto de um sobrevivente do Holocausto. Este foi orientado a evitar mencionar o passado de seu avô em seu discurso por envolver Israel, mesmo sem fazer referência à guerra atual.

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O relatório ainda descreveu uma “nova era” de ativismo pró-Palestina, que utiliza táticas disruptivas para inserir discussões sobre a causa palestina em diversas facetas da vida do campus.

Entre as recomendações da força-tarefa estão mudanças em várias áreas, como admissões, incluindo a avaliação da capacidade dos candidatos em lidar com visões divergentes, prática já implementada na nova redação proposta no ano passado.

Análise sobre Preconceito Anti-Muçulmano

A Força-Tarefa de Combate ao Preconceito Anti-Muçulmano relatou que membros da comunidade muçulmana se sentiram “silenciados e negligenciados” durante o ano letivo de 2023-24.

Estudantes muçulmanos expressaram temores de que colegas perdessem empregos por serem líderes de grupos islâmicos e relataram preocupações com práticas de “doxxing”, que ampliaram um ambiente de intimidação e um suporte insuficiente da administração.

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As recomendações incluem aumentar a segurança, garantir liberdade de expressão e promover a transparência, com sugestões para cursos sobre estudos palestinos e a promoção da compreensão intercultural.

Garber enfatizou que as conclusões dos relatórios são claras e urgentes: Harvard está comprometida em atuar sobre essas questões.

A universidade já implementou medidas, como limitar declarações oficiais que não se relacionavam à sua missão e reiterar regras sobre quando e onde protestos podem ocorrer, além de desenvolver programas para habilidades de diálogo.

Foco de Ações Futuras

Curiosamente, os relatórios não abordaram a polêmica questão de desinvestir o fundo de US$ 53 bilhões de Harvard de Israel ou de fabricantes de armamentos dos EUA, uma reclamação frequente entre ativistas pro-Palestina. Garber reafirmou a intenção da instituição de manter seu investimento em Israel.

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A escola deverá priorizar três áreas principais: fomentar um senso de pertencimento, promover diálogos respeitosos e revisar práticas acadêmicas e residenciais.

As novas iniciativas buscam garantir a diversidade de visões e a revisão de políticas disciplinares para assegurar sua adequação e eficácia. Harvard já destaca ações de combate ao antissemitismo, incluindo medidas educacionais e de segurança.

A última medida foi a suspensão da parceria com a Universidade Birzeit na Cisjordânia, e a reestruturação do seu escritório de diversidade, que agora será chamado Comunidade e Vida no Campus, em uma tentativa de refoçar a coesão institucional.

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