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Economia

Powell destaca progresso econômico, mas pede cautela em cortes de juros

“A economia dos EUA é forte e podemos esperar para agir corretamente”, afirmou Powell em evento europeu. Veja os detalhes sobre as taxas de juros.

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Jerome Powell (Al Drago/Bloomberg)

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fez uma análise otimista dos últimos dados econômicos, afirmando que a inflação está apresentando sinais de queda, mas ainda assim, os dirigentes do banco central americano insistem na necessidade de mais informações antes de decidir sobre cortes nas taxas de juros.

“A economia dos EUA e o mercado de trabalho estão em boa forma, o que nos permite esperar e agir com precisão”, declarou Powell durante um painel na terça-feira (2) no Fórum do Banco Central Europeu em Sintra, Portugal. “Esse é o nosso plano, e estamos comprometidos com isso.”

Sentado ao lado da presidente do BCE, Christine Lagarde, e do presidente do banco central do Brasil, Roberto Campos Neto, Powell evitou dar qualquer previsão sobre quando a primeira redução da taxa poderia ocorrer.

Desde julho do ano passado, o Fed manteve sua taxa de política na faixa-alvo de 5,25% a 5,5%, a mais alta em mais de 20 anos. As autoridades do Fed afirmaram que continuam a aguardar uma maior confiança de que a inflação caminhe de volta à meta de 2%.

Recentemente, após meses sem progresso significativo, novos dados surgiram revelando um cenário mais otimista. A métrica preferida do Fed para medir a inflação subjacente registrou um aumento de apenas 0,1% em maio, o menor crescimento em meio ano.

A economia americana demonstrou uma resiliência inesperada, mesmo diante das altas taxas de juros, mas há sinais claros de que a política monetária restritiva está começando a mostrar resultados.

As vendas de imóveis caíram, a inadimplência aumentou e os gastos do consumidor estão se moderando. Além disso, as contratações desaceleraram, e a taxa de desemprego, embora ainda baixa em 4%, começou a se elevar recentemente.

Powell comentou sobre um “movimento significativo” em direção a um equilíbrio mais saudável no mercado de trabalho em relação à oferta e à demanda. Ele reiterou que o mercado de trabalho continua robusto, porém está se ajustando de maneira apropriada.

Algumas figuras do Fed, como a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, já sinalizaram preocupação, indicando que o mercado de trabalho pode estar se aproximando de um ponto crítico onde uma desaceleração adicional poderia resultar em um aumento do desemprego.

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