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Pena de morte por corrupção: ex-presidente do Banco da China pode escapar
Liu Liange, ex-presidente do Banco da China, foi condenado por corrupção; pena de morte pode ser suspensa.
A China acaba de impor uma severa pena de morte, com possibilidade de suspensão, ao ex-presidente do Banco da China, Liu Liange, em um claro sinal da crescente fiscalização em seu vasto setor financeiro que movimenta impressionantes US$ 66 trilhões.
Conforme a emissora estatal China Central Television relatou nesta terça-feira (26), Liu foi sentenciado a uma pena que inclui um período de suspensão de dois anos e o confisco de todos os seus ativos. Este movimento judicial significa que ele pode evitar a execução caso mantenha um comportamento adequado durante esse tempo.
Não é à toa que Liu, uma das figuras mais proeminentes do setor bancário, seja alvo de uma rigorosa repressão à corrupção, iniciada pelo presidente Xi Jinping no final de 2021. Sua condenação se alinha à de pelo menos outros dois altos funcionários financeiros, evidenciando o ímpeto contínuo da campanha anticorrupção promovida por Xi.
Investigado desde março passado, Liu foi declarado culpado por ter aceitado mais de 121 milhões de yuans (aproximadamente US$ 17 milhões) em subornos e por facilitar o acesso ilegal a empréstimos no valor de 3,3 bilhões de yuans.
A queda de Liu é apenas um capítulo em uma saga que envolveu centenas de funcionários e executivos financeiros, todos alvos de uma campanha anticorrupção feroz que tende a se intensificar. Em uma promessa feita no início deste ano, Xi declarou que não haveria “misericórdia” em sua luta contra a corrupção, abrangendo setores que vão das finanças à energia, mesmo após ter anunciado uma vitória preliminar em meados de 2022.
Entre outros executivos sentenciados à morte com suspensão, também estão Tian Huiyu, ex-presidente do China Merchants Bank, Sun Deshun, ex-presidente do China Citic Bank, e Wang Bin, ex-presidente da China Life Insurance.
Vale lembrar que Lai Xiaomin, ex-presidente da China Huarong Asset Management, não teve a mesma sorte e foi executado em janeiro de 2021 por corrupção e outros crimes relevantes.
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