Paul Tudor Jones, um dos superinvestidores do mercado, expressou sua expectativa de que o presidente dos EUA, Donald Trump, irá reduzir as tarifas sobre a China em 50%. No entanto, ele acredita que essa medida não será suficiente para impedir novas mínimas nas ações.
Durante uma entrevista à CNBC nesta terça-feira (6), Jones pontuou: “Trump está focado nas tarifas, e o Fed está decidido a não cortar as taxas. Isso claramente não é uma boa notícia para o mercado de ações.”
O renomado gestor de 70 anos acredita firmemente que Trump vai diminuir as tarifas atuais sobre as importações chinesas, que variam até 145%. Ele classificou essas tarifas como “o maior aumento de impostos desde os anos 60” e frisou que, sem um corte súbito nas taxas pelo Federal Reserve, “é bem provável que vejamos novas mínimas.”
As frequentes mudanças nas políticas tarifárias de Trump causaram volatilidade em várias classes de ativos no último mês. O S&P 500 perdeu mais de 12% em apenas quatro sessões após o anúncio das tarifas em 2 de abril, mas desde então Trump concedeu uma pausa de 90 dias em várias das tarifas mais rigorosas.
Jones alertou que, caso o mercado de ações sofra uma queda significativa, tanto o Fed quanto Trump serão forçados a tomar medidas. Ele reconheceu que a tentativa de Trump em corrigir o desequilíbrio comercial é uma “ideal excelente”, porém a execução poderia ter sido mais precisa.
“O uso cirúrgico de tarifas — não na escala que ele adotou — teria sido a abordagem mais eficaz”, disse Jones.
Além disso, Jones expressou preocupações sobre o rápido avanço da inteligência artificial, que, segundo ele, pode representar uma ameaça “existencial” se não houver regulamentação adequada. Ele participou recentemente de uma conferência onde especialistas discutiram o potencial destrutivo dos modelos de IA.
“Para seu crédito, todos esses expertos em IA concordam que estamos desenvolvendo algo extremamente perigoso”, afirmou Jones, alertando que é crucial que reguladores e autoridades governamentais, incluindo Trump, tomem atitudes. “Ele precisa se engajar e regular essa questão com a mesma urgência que aplica a tarifas e segurança na fronteira”, finalizou Jones.
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