A Paramount tomou uma decisão audaciosa ao adquirir os direitos exclusivos de transmissão de todos os eventos do Ultimate Fighting Championship (UFC) por US$ 7,7 bilhões pelos próximos sete anos. O objetivo? Impulsionar, sem dúvida, o serviço de streaming Paramount+.
Com este acordo monumental, a Paramount se responsabilizará por oferecer 13 principais eventos do UFC, além de mais 30 noites de lutas adicionais anualmente, tudo no seu serviço de streaming. Eventos selecionados também serão exibidos na rede de TV CBS, a partir de 2024. Aqui, o público encontrará lutas de título com os melhores lutadores, além de combates de atletas em ascensão nas noites de luta.
O conglomerado está comprometido a pagar uma média de US$ 1,1 bilhão por ano, e já está de olho nos direitos internacionais assim que eles estiverem disponíveis.
David Ellison, novo comandante na Paramount, não perdeu tempo em colocar sua marca na empresa após adquirir o controle na semana passada. Ele está pagando ao dono do UFC, TKO Group Holdings Inc., mais que o dobro do que a companhia recebia anteriormente em um acordo com a ESPN, que pertence à Walt Disney Co. O objetivo? Atrair milhões de visualizadores para a plataforma.
Para contextualizar, o Paramount+ tinha 77,7 milhões de assinantes até o final de junho, um número que ainda está abaixo do de alguns concorrentes. Mas agora, com o UFC na jogada, as coisas poderão mudar rapidamente.
Uma mudança significativa se configura: a Paramount oferecerá todas as lutas do UFC sem custo adicional para os consumidores, ao contrário do modelo de pay-per-view que estava em vigor, o qual limitava o acesso e fomentava a pirataria.
Além disso, com a inclusão do UFC, a Paramount+ garante engajamento durante todo o ano, evitando a desmotivação dos espectadores e reduzindo as taxas de cancelamento. O serviço já transmite uma vasta gama de esportes, incluindo a NFL, futebol universitário, golfe, futebol e basquete universitário, mas apresentava uma programação menos intensa entre abril e agosto. O UFC chega para preencher essa lacuna.
“O UFC é um ativo esportivo unicórnio,” afirmou Ellison em entrevista. “Isso se tornará o maior esporte exclusivo de qualquer plataforma individual.”
As negociações começaram no início do ano, com o CEO da TKO, Ari Emanuel, e o presidente Mark Shapiro, que estavam extremamente dedicados para garantir um acordo que unisse todos os eventos em uma única plataforma. A ESPN, que deteve os direitos desde 2019, deixou passar a oportunidade de renovação e os concorrentes, como Netflix, Amazon e YouTube, rapidamente entraram na disputa.
Shapiro comentou: “A ideia para nossa marca é colocar todas as nossas lutas em uma plataforma onde, se você apenas assinar o serviço, você tem acesso. Isso é monstruoso.”
A popularidade do UFC aumentou drasticamente na última década, especialmente à medida que novas gerações se voltaram para as artes marciais mistas, ao invés do boxe tradicional. Apesar das dificuldades recentes em introduzir novas estrelas, a TKO continua a ver um crescimento espetacular nas tarifas.
Desde que adquiriu uma participação majoritária no UFC em 2016, a Endeavor não apenas expandiu sua presença, mas também comprou o resto da empresa. Em 2023, após adquirir a World Wrestling Entertainment, ela lançou uma nova empresa de esportes de combate sob a marca TKO. Como resultado, a ESPN anunciou um novo acordo para adquirir direitos de conteúdos da WWE da TKO.

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