O petróleo sofreu uma queda significativa após a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciar um aumento de produção além do esperado para o próximo mês. Isso provocou receios sobre um possível excesso de oferta, especialmente em um momento em que as tarifas comerciais americanas elevam os temores em torno da demanda global.
O preço do Brent caiu 1,4%, alcançando US$ 67 o barril, após uma queda de 0,7% na sexta-feira (4). O West Texas Intermediate (WTI) também ficou aquém da marca dos US$ 66. Durante um encontro no sábado (5), o grupo liderado pela Arábia Saudita decidiu aumentar a oferta em 548.000 barris por dia, antecipando o fim dos cortes de produção, um ano antes da meta estipulada anteriormente.
A volatilidade do mercado de petróleo se acentuou nas últimas semanas, impulsionada pelo recente conflito entre Israel e Irã. Apesar de uma trégua temporária, a atenção agora se volta para as decisões da OPEP+ e as políticas comerciais dos Estados Unidos.
As novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump entrarão em vigor em 1º de agosto, conforme anunciado pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick. Isso proporciona uma janela de manobra para negociações antes do novo prazo, que havia sido definido para 9 de julho.
Vale lembrar que a OPEP+ já havia estabelecido aumentos de produção de 411.000 barris por dia para os meses de maio, junho e julho, acelerando sua estratégia de reabertura gradual após anos de contenção. Os traders esperavam que o aumento continuasse em agosto, sinalizando uma mudança significativa em sua abordagem.
Em um comunicado oficial, o grupo justificou a decisão de aumentar a produção com base em “uma perspectiva econômica global estável e fundamentos de mercado saudáveis atuais”.

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