Em uma decisão que reverbera no setor de inteligência artificial, o conselho da OpenAI rejeitou categoricamente uma oferta de US$ 97,4 bilhões feita por um grupo de investidores, liderado por Elon Musk, para adquirir a organização sem fins lucrativos à frente da empresa.
“A OpenAI não está à venda, e o conselho rejeitou por unanimidade a tentativa de Musk de desestabilizar a concorrência”, declarou Bret Taylor, presidente da OpenAI, em um comunicado na sexta-feira.
Musk, cofundador da OpenAI, que posteriormente criou sua própria startup de IA concorrente, arrecadou apoio de investidores poderosos em sua proposta de aquisição. Entre os aliados estavam Valor Equity Partners, Baron Capital, Atreides Management, Vy Capital, 8VC de Joe Lonsdale, e Ari Emanuel através do seu fundo de investimentos. Musk argumentou que seu objetivo era devolver à OpenAI o status de “força do bem que foi um dia”, focando em segurança e código aberto.
Marc Toberoff, advogado de Musk e dos investidores, não se pronunciou sobre o assunto até o momento.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, rapidamente desmereceu a proposta, alegando que ela era uma tática de concorrente para desacelerá-los. “A OpenAI não está à venda” é a mensagem clara que Altman deixou.
Andrew Nussbaum, advogado do conselho da OpenAI, enfatizou em comunicado que a verdadeira missão da empresa é desenvolver sistemas de IA que beneficiem a humanidade. Ele ressaltou: “Não cabe a um concorrente decidir o que é do melhor interesse da missão da OpenAI”.
Em seu histórico de tentativas, Musk entrou com ações legais contra a OpenAI, alegando que a organização desviou-se dos princípios fundadores. Recentemente, uma juíza mostrou hesitação em emitir uma ordem nesse sentido, citando a complexidade do caso envolvendo “bilionários contra bilionários”.
Após a proposta, a OpenAI teve a audácia de afirmar que a oferta de Musk contradiz a alegação central de suas ações judiciais, já que seus ativos não podem ser usados para “ganho privado”. Por sua vez, os advogados de Musk indicaram que a oferta seria retirada se a OpenAI concordasse em interromper sua reestruturação como uma companhia lucrativa.
Bret Taylor reafirmou em seu comunicado que qualquer reorganização prevista fortalecerá a missão da OpenAI, garantindo que a AGI (Inteligência Geral Artificial) beneficie a humanidade.
A oferta de Musk pode impactar as negociações da OpenAI com o SoftBank Group Corp. para levantar um novo financiamento que pode alcançar até US$ 300 bilhões.
Atualmente, a OpenAI é composta por uma subsidiária com fins lucrativos, governada pela organização sem fins lucrativos. Em um futuro próximo, a empresa planeja compensar a organização sem fins lucrativos por meio de ações.
Especialistas jurídicos alertam que os reguladores estarão de olho na participação que a organização sem fins lucrativos pode receber. Com a ousadia da oferta de US$ 97,4 bilhões, Musk pode ter elevado o valor mínimo necessário para a OpenAI alocar recursos de maneira estratégica.
Robert Bartlett, professor da Stanford Law School, afirmou anteriormente à Bloomberg News: “O conselho da OpenAI está em uma posição sólida para recusar a oferta de Musk. Porém, é fundamental levar em conta as ramificações da valorização dos ativos da OpenAI.”
Se a OpenAI valorizar sua organização sem fins lucrativos de forma elevada, isso pode diluir a participação acionária de investidores atuais e futuros.
Este cenário intrigante no mundo da tecnologia nos faz questionar: qual será o próximo passo de Elon Musk e como isso afetará o futuro da inteligência artificial?

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