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Noruega rejeita pagamento bilionário a Elon Musk da Tesla: O que vem a seguir?

O Norges Bank Investment expressou sua preocupação com os altos valores da remuneração de Musk, cenário que promete agitar a cena da Tesla na próxima assembleia.

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Rico Elon Musk (REUTERS/David Swanson)

O fundo soberano da Noruega, que administra mais de US$ 1,7 trilhão, anunciou sua intenção de votar contra o pacote de US$ 56 bilhões destinado a Elon Musk, CEO da Tesla. Essa movimentação evidencia um aumento da oposição ao fabricante de automóveis em vista da assembleia geral anual que ocorrerá na próxima semana.

“Expressamos nossas preocupações sobre o tamanho total do prêmio, a estrutura proposta para os gatilhos de desempenho, além da diluição e da falta de mitigação dos riscos associados a pessoas-chave”, afirmou o Norges Bank Investment Management (NBIM) em comunicado no último sábado.

Essa votação representará a segunda tentativa de aprovação do pacote de remuneração de Musk pelos acionistas, visto que uma votação anterior foi anulada por um juiz que considerou que os investidores não estavam totalmente informados sobre detalhes críticos. As recomendações de consultores de procuração, como Institutional Shareholder Services e Glass Lewis & Co., são no sentido de que os investidores rejeitem a proposta.

Vale lembrar que o NBIM já havia votado contra esse mesmo pacote em 2018, quando, mesmo assim, cerca de três quartos dos investidores o apoiaram. Entretanto, um juiz em Delaware anulou essa decisão recentemente, levantando mais questionamentos sobre a transparência da operação.

O fundo norueguês comunicou que sua posição é “consistente com nosso voto na premiação anterior” e reiterou sua disposição em manter um diálogo construtivo com a Tesla sobre essa e outras questões.

Consequências de uma possível derrota

Embora o resultado da votação seja apenas consultivo, uma derrota representaria um grande constrangimento para o conselho da Tesla e para Musk. O CEO já indicou que consideraria desenvolver produtos fora da Tesla caso suas participações acionárias não possam ser ampliadas, algo que o atual acordo permitiria.

Além disso, o NBIM já sinalizou que pretende apoiar uma proposta de gestão que visa transferir a sede corporativa da Tesla de Delaware para o Texas, mas também apoiará uma proposta de acionista que pede a implementação de novas políticas sobre negociação coletiva e liberdade de associação.

A nova proposta surge em resposta a uma greve que já dura quase sete meses envolvendo técnicos suecos da Tesla e é respaldada por alguns dos principais investidores da região nórdica. A Tesla, por sua vez, está recomendando que os acionistas votem contra essa proposta, alegando que “a empresa já está comprometida em proteger os direitos de seus funcionários”.

Atualmente, o NBIM detém uma participação de 0,98% na Tesla, avaliada em US$ 7,72 bilhões, conforme informações disponíveis em seu site oficial. O fundo divulga suas intenções de voto cinco dias antes das Assembleias Gerais de Ação (AGMs) das companhias nas quais investe.

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