O bilionário Elon Musk não poupou palavras ao criticar o assessor de comércio da Casa Branca, Peter Navarro. Recentemente, Musk o chamou de “mais burro que um saco de tijolos” durante uma troca acalorada de mensagens nas redes sociais, refletindo um conflito crescente sobre a política tarifária do ex-presidente Donald Trump, que se intensificou nesta terça-feira (8).
Utilizando sua própria plataforma X, Musk disparou críticas contundentes a Navarro, chamando-o de “um verdadeiro idiota” e ridicularizando o fato de que o assessor havia mencionado um especialista fictício chamado “Ron Vara”, um mero anagrama de seu próprio nome.
Essa troca de agressões é apenas mais um episódio de um conflito que começou após Trump anunciar a imposição de uma tarifa mínima de 10% sobre a maioria das importações. Tal medida se aplicará a aproximadamente 60 países com os quais os EUA apresentam déficits comerciais mais substanciais. Este movimento foi interpretado como uma vitória para Navarro, um defensor de políticas comerciais agressivas, visando fortalecer a indústria nacional.
Em resposta ao anúncio, Musk não hesitou em criticar o diploma de Navarro em economia pela Harvard, declarando que isso “é ruim, não bom”, questionando ainda a falta de experiência prática do conselheiro em fundar empresas.
Navarro, por sua vez, não deixou por menos e, em uma entrevista à CNBC, contestou as alegações de Musk, ressaltando que as críticas não eram surpreendentes por parte de alguém que, segundo ele, é apenas “um montador de carros” que depende de componentes estrangeiros.
Segundo Navarro: “Quando se trata de tarifas e comércio, todos nós na Casa Branca — e o povo americano — entendemos que Elon é um fabricante de carros, mas não é um fabricante de carros. Ele é um montador”.
Em defesa de sua empresa, Musk ressaltou que a Tesla é “o fabricante de automóveis mais verticalmente integrado dos Estados Unidos, com o maior percentual de conteúdo nacional”.
A troca de farpas entre essas duas figuras próximas de Trump ocorre em um contexto de crescente apreensão entre empresas e governos, que lidam com incertezas sobre as negociações de redução das tarifas. As novas tarifas para os países selecionados entrarão em vigor à meia-noite.
Trump, de sua parte, afirmou que está disposto a negociar, desde que obtenha as concessões corretas, buscando alívio não apenas para as tarifas, mas também para barreiras não tarifárias, como regulamentações e manipulação cambial.

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