Em um movimento audacioso, o Morgan Stanley, liderando um consórcio bancário, está em processo de venda de impressionantes US$ 5,5 bilhões em dívidas vinculadas à plataforma de mídia social conhecida como X, de Elon Musk. Essa decisão surge após um aumento na demanda por parte dos investidores, superando as expectativas iniciais.
Os bancos originalmente planejavam a venda de aproximadamente US$ 3 bilhões em empréstimos, mas o forte interesse dos investidores levou à expansão do leque de ofertas. Agora, eles estão sellando todas as dívidas de maior classificação que financiaram a aquisição da antiga Twitter por Musk. Este é um grande passo para aliviar a carga financeira do consórcio bancário em relação à X.
Os empréstimos estão sendo precificados a 97 centavos por dólar, um valor que, surpreendentemente, representa um desconto menor do que o esperado — um claro indicador de que as perdas para os bancos na maior parte das dívidas estão sendo evitadas. Vale lembrar que, no início deste mês, já haviam sido vendidos US$ 1 bilhão do empréstimo a termo como uma ferramenta para medir o apetite do mercado.
Embora um porta-voz do Morgan Stanley tenha optado por não comentar, a X também não respondeu aos pedidos de informações. O cenário financeiro de Wall Street agravou-se com os US$ 13 bilhões em dívidas que Musk acumulou na X, resultado da sua tentativa surpreendente de torná-la privada em 2022. Este foi um típico caso onde os bancos esperavam uma rápida revenda da dívida, mas a hesitação dos investidores foi uma barreira após as polêmicas mudanças na X sob a direção de Musk, incluindo demissões e uma queda radical nas receitas.
Porém, os ventos mudaram, com investidores sendo atraídos pela visão de que os negócios vinculados a Musk podem se beneficiar da sua proximidade com o ex-presidente Donald Trump. Musk tem utilizado a X como uma plataforma para pressionar pelo retorno de Trump ao poder, estabelecendo-se como um conselheiro em sua campanha. Tal influência tem gerado controvérsias, especialmente entre os críticos democratas, que alertam para o risco de um poder excessivo concentrado.
Para a X, essa dinâmica já está se traduzindo em uma gradual volta dos anunciantes, conforme afirmam banqueiros que estão operando a dívida. Outro atrativo que pode engajar investidores é a oportunidade de se expor à participação da X na xAI, a startup de inteligência artificial de Musk, que promete retornos significativos no futuro.
No momento da aquisição, os bancos se viram amarrados em três tranches de dívida totalizando US$ 13 bilhões, sendo a maior parte um empréstimo a termo de US$ 6,5 bilhões. Este empréstimo foi planejado para ser repassado para investidores, enquanto outras partes foram divididas em títulos de alto risco, garantidos e não garantidos, sendo a última tranche a mais complicada de alienar sem oferecer garantias adicionais.
Para estimular o entusiasmo em torno dessa oferta, o Morgan Stanley divulgou dados financeiros revigorantes da X e organizou uma reunião impactante com alguns dos principais executivos da empresa em seu escritório em Manhattan.

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