Milei se destaca à medida que a economia argentina se recupera com nova esperança

A aprovação do presidente Javier Milei sobe para 47% em novembro, um sinal claro de que a economia argentina está renascendo. E isso é apenas o começo.

Segundo a pesquisa LatAm Pulse, realizada pela AtlasIntel para a Bloomberg News, esse aumento de 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior indica uma recuperação da confiança dos argentinos em sua administração. Com a inflação atingindo seu menor nível em quase três anos, os cidadãos começam a ver luz no fim do túnel.

Nos últimos meses, indicadores econômicos vitais mostraram melhoria, impulsionados pela esperança de assistência internacional após a vitória de Donald Trump nos EUA. A situação está mudando rapidamente e, por causa disso, a popularidade de Milei se fortaleceu.

Embora tenha enfrentado protestos significativos em outubro devido a cortes de gastos nas universidades públicas, setor tradicionalmente influente, o presidente parece ter revertido o clima negativo à medida que sua administração apresenta resultados. Contudo, é necessário reconhecer que o apoio entre graduados universitários continua em baixa.

“A taxa de aprovação do presidente reage fortemente a confrontos com setores como o das universidades, que têm um potencial de mobilização assombroso”, afirma Juan Cruz Diaz, diretor-geral do Cefeidas Group. “A melhora na aprovação pode ser creditada à recuperação dos indicadores econômicos.”

Os sinais de recuperação da economia são palpáveis. Dados mostram crescimento em julho e agosto, seguidos por uma leve contração em setembro. Desde abril, os salários têm aumentado mais rápido que a inflação, com uma taxa de 2,7% em outubro, em comparação a 25,5% em dezembro passado.

A pesquisa também revela que os argentinos estão entre os mais otimistas em relação ao futuro econômico com Trump de volta à presidência, com quase 50% dos entrevistados acreditando que a situação econômica do país vai melhorar. Milei, um notório aliado de Trump, planeja um novo acordo com o FMI para reestruturar o atual empréstimo de US$ 44 bilhões e a assistência dos EUA será crucial nesse processo.

A pesquisa da AtlasIntel foi realizada entre 21 e 27 de novembro, envolvendo 1.621 entrevistados, com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de dois pontos percentuais.