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Milei escolhe ex-presidente do Banco Central para revolução na Argentina

Federico Sturzenegger assume Ministério de Desregulamentação e Transformação Estatal, visando enxugar o governo argentino e eliminar a burocracia.

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Federico Sturzenegger discute em uma entrevista em Buenos Aires em 28 de dezembro de 2023 (Pablo E. Piovano/Bloomberg)

O presidente Javier Milei fez uma escolha audaciosa ao nomear o ex-presidente do Banco Central argentino, Federico Sturzenegger, para um dos cargos mais importantes do governo. Este movimento, que era esperado há meses, sinaliza uma intenção clara de reformular a administração argentina.

Sturzenegger, com 58 anos de experiência, agora liderará o recém-criado Ministério de Desregulamentação e Transformação Estatal. Seu desafio? Cortar o tamanho do governo nacional e acabar com a burocracia excessiva que atrapalha o crescimento do país. A nomeação foi revelada oficialmente no Diário Oficial logo após a meia-noite de sexta-feira (5), revelando um novo rumo para a administração de Milei.

Conhecido por ser o arquiteto das reformas estruturais propostas por Milei, que finalmente passaram pelo Congresso na semana passada após intensas negociações, Sturzenegger agora tem a responsabilidade de modernizar e otimizar a burocracia argentina. Seu foco será reduzir os gastos públicos e tornar a administração mais eficiente, de acordo com os objetivos delineados no diário oficial.

Esta não é a primeira vez que Sturzenegger assume um papel de destaque no governo argentino. Ele iniciou sua trajetória política em 2001 como secretário de política econômica sob o ex-presidente Fernando de la Rua e, mais tarde, ocupou a presidência do Banco Central entre 2015 e 2018 durante a gestão do ex-presidente Mauricio Macri. Com um doutorado em economia pelo renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Sturzenegger traz uma bagagem teórica robusta para seu novo cargo.

A ascensão de Sturzenegger à nova posição levantou questões sobre o futuro do atual ministro da Economia, Luis Caputo. As interações entre os dois se tornaram um ponto focal, especialmente devido às tensões que surgiram durante a crise financeira de 2018. Caputo, que ocupava um papel importante na época, elogiou o novo ministro, enfatizando a compatibilidade entre eles e a necessidade de desfazer os obstáculos que o país enfrenta atualmente.

“Somos completamente compatíveis. Sturzenegger realiza um trabalho fundamental para o país, algo que ele faz melhor do que ninguém”, afirmou Caputo em uma coletiva de imprensa recente, reforçando a ideia de que suas visões estão alinhadas para o futuro econômico da Argentina. “A Argentina é uma bagunça de obstáculos e precisamos pensar a longo prazo. Desfazer isso é essencial.”

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