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Milei desiste de participar do G-7 e se reúne com Macron, mas fica no Senado
O presidente argentino, Javier Milei, altera sua agenda importante no Senado e cancela viagem ao G-7 e encontro com Macron. Entenda os detalhes.
O presidente da Argentina, Javier Milei, acaba de tomar uma decisão impactante: cancelou sua viagem à Itália para participar da cúpula do G-7 na próxima semana. Mais surpreendente ainda, ele também desistiu de se encontrar com o presidente francês, Emmanuel Macron. Essas mudanças foram confirmadas por fontes próximas a Milei.
A participação no G-7 se tornava um passo significativo após o convite da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. Ele estava programado para essas discussões bilaterais em Paris no dia 19 de junho, mas o cenário mudou drasticamente em um momento crítico para seu extenso pacote de reformas econômicas no Senado argentino. Desde a oposição, há constrangimentos a respeito de retirar itens essenciais durante a votação prevista para a próxima semana.
De acordo com uma fonte anônima, o revés nas negociações em torno desse pacote foi fundamental para a decisão de cancelar o encontro com Macron. Agora, Milei prepara-se para iniciar sua turnê pela Europa apenas em 21 de junho, primeiramente participando de cerimônias de premiação na Espanha e na Alemanha.
Essa mudança na agenda tem consequências significativas. Durante sua estadia na Itália, Milei teria se encontrado com Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, marcando a primeira interação entre eles desde a sua ascensão ao cargo. Além disso, a possibilidade de um encontro com o Papa Francisco, que marca uma reconciliação após tensões anteriores durante a campanha presidencial argentina, estava em pauta.
O novo cronograma de viagem traz também implicações para sua presença na cúpula sobre a Ucrânia, que está programada para ocorrer na Suíça, onde o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy deve apresentar um plano de paz crucial frente à guerra contra a Rússia.
O pacote de reformas de Milei, que se divide em dois projetos de lei, foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril, mas enfrenta novas turbulências no Senado. Há esforços em andamento para retirar disposições que reintroduziriam o imposto de renda e fariam privatizações, essenciais para preencher um déficit crônico do governo.
No lugar do G-7, Milei retornará a Madri — onde já esteve no mês passado — para receber um prêmio de um instituto libertário em um cassino local. Após isso, ele participará de outra cerimônia na Alemanha, no dia 22 de junho, onde também se reunirá com o chanceler Olaf Scholz.
É importante ressaltar que sua última viagem a Madri, onde ele falou em um comício de extrema direita, provocou uma severa crise diplomática com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
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