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Microsoft e Apple se afastam do conselho da OpenAI: O que isso significa?

Mudança importante: Microsoft e Apple abandonam o conselho da OpenAI em meio a investigações sobre sua influência na inteligência artificial.

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A surpreendente decisão da Microsoft (MSFT34) e da Apple (AAPL4) de se retirarem do conselho de administração da lança um novo capítulo no debate sobre a influência das big techs no setor de inteligência artificial.

A Microsoft, que já investiu impressionantes US$ 13 bilhões na startup por trás do , notificou oficialmente sua decisão em uma carta que a Bloomberg News teve acesso. Inicialmente, a Apple também estava programada para assumir uma função semelhante, mas a OpenAI confirmou que, após a saída da Microsoft, não haverá mais membros observadores no conselho.

As autoridades regulatórias na Europa e EUA estão profundamente preocupadas com o poder da Microsoft sobre a OpenAI, pressionando a gigante a se distanciar da startup. Integrando os serviços de inteligência artificial da OpenAI em seus sistemas como Windows e Copilot AI, a Microsoft tem sido um pilar crucial no desenvolvimento dessa tecnologia, que pode determinar seu futuro comercial.

“Nos últimos oito meses, presenciamos um avanço notável do novo conselho e estamos confiantes no futuro da empresa”, declarou a Microsoft em um memorando. “Não vemos mais a necessidade de nosso papel limitado como observadores”.

A Microsoft enfrenta uma intensa investigação sobre sua influência na inteligência artificial. Fontes indicam que os EUA estão analisando se a companhia notificou adequadamente as autoridades antitruste sobre sua parceria com a Inflection AI, uma competidora da OpenAI.

Na Europa, reguladores também se prepararam para interrogar rivais da Microsoft sobre sua dependência tecnológica da OpenAI. No Reino Unido, uma investigação mais profunda sobre essa questão está em andamento.

Não é somente a Microsoft que está sob a lente: o governo britânico também está analisando a colaboração de US$ 4 bilhões da Amazon (AMZO34) com a empresa de inteligência artificial Anthropic, levantando questões sobre como essas alianças podem proteger essas colossais empresas contra a concorrência efetiva.

O Financial Times já havia reportado anteriormente sobre a saída da Microsoft do conselho da OpenAI, evidenciando a fraqueza da posição da gigante no espaço da IA.

As principais empresas de tecnologia dos EUA, como Microsoft, Nvidia, Alphabet e Amazon, despejaram bilhões em investimentos na inteligência artificial, deixando os reguladores preocupados com a concentração de poder e a monopolização dos recursos mais inovadores do mercado.

Esses gigantes frequentemente estabelecem parcerias que não envolvem dinheiro. Um exemplo claro é a colaboração da Apple com a OpenAI para integrar o ChatGPT ao iPhone, além da decisão da Microsoft de contratar Mustafa Suleyman e sua equipe da Inflection AI, seus concorrentes.

No ano passado, a Microsoft ingressou como um observador sem direito a voto no conselho da OpenAI logo após uma demissão repentina do CEO Sam Altman, um evento que chocou a indústria. Altman foi rapidamente reintegrado graças à revolta dos funcionários e o conselho foi reformulado.

“Agradecemos à Microsoft pela confiança no conselho e na trajetória da OpenAI. Esperamos manter nossa colaboração bem-sucedida”, declarou a OpenAI em um comunicado à Bloomberg News, sem comentar sobre os movimentos da Apple ou da Microsoft.

A OpenAI anunciou que, a partir de agora, realizará reuniões regulares com stakeholders, parceiros e investidores, como a Thrive Capital e a Khosla Ventures, para reportar os avanços de sua missão e promover uma colaboração mais robusta em segurança e proteção.

Fundada em 2015 como uma organização de pesquisa sem fins lucrativos, a OpenAI evoluiu para incluir uma startup com fins lucrativos, solicitando investimentos e firmando parcerias comerciais ao longo de sua jornada.

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