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María Corina Machado desafia Maduro e lidera comício marcante em Caracas

Após dias em esconderijo, María Corina Machado enfrenta Maduro e galvaniza apoio em comício histórico.

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María Corina Machado discursa em um evento pós-eleitoral em Caracas na terça-feira. Fotógrafa: Andrea Hernandez Briceno/Bloomberg

No último sábado (3), a audaciosa líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, rompeu seu silêncio e apareceu em público para comandar um comício em Caracas, desafiando a ameaça iminente de prisão por parte do governo de Nicolás Maduro. O evento mobilizou protestos massivos em todo o país, marcando um dia decisivo na luta pela democracia.
Esta aparição foi a primeira de Machado desde terça-feira, quando seu esconderijo se tornou necessário diante das crescentes manifestações contra o que muitos, incluindo líderes da oposição e nações como os EUA, denunciam como um roubo da eleição de 28 de julho, supostamente orquestrado pelo regime de Maduro.

Impedida de concorrer por considerações de segurança, María Corina revelou na quinta-feira que optou por se esconder devido ao temor pela própria vida, especialmente após os comentários ameaçadores de Maduro, que indicavam que ela e seu candidato substituto, Edmundo González, deveriam ser encarcerados.

“Foram seis dias de repressão brutal, tentativas de nos silenciar e incutir medo”, declarou Machado aos seus apoiadores durante o comício. “A presença de cada um de vocês aqui demonstra ao mundo nossa força coletiva e como estamos determinados a lutar até o fim.”

Machado se uniu a uma caravana de aliados políticos ao chegar ao bairro de Las Mercedes, onde centenas de entusiastas se congregaram, brandindo bandeiras da oposição. Edmundo González, no entanto, não a acompanhou.

Durante o evento, o clima de apreensão era palpável; muitos temiam que Machado poderia ser presa a qualquer momento. Na sexta-feira, Maduro alegou que a oposição estava planejando um ataque coordenado com granadas, a menos de três quilômetros do local do comício.

Enquanto isso, um grande número de apoiadores de Maduro, em motocicletas, encheu as ruas de Caracas, afirmando sua lealdade ao governo. Imagens da TV estatal mostraram motoristas em Petare, uma área de baixa renda, cruzando a rodovia, alegando estar prontos para defender o governo contra o que chamam de fraude da oposição.

Na sexta-feira, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que anteriormente reconheceu González como o vencedor legítimo, manteve conversas com Machado e seu colega. Ele expressou sua preocupação em relação à segurança dos dois líderes e elogiou a determinação do povo venezuelano em lutar pela democracia diante de desafiadores obstáculos.

Diversas análises realizadas pela oposição revelaram que seu candidato conquistou quase 70% dos votos, quase o dobro do que Maduro alegou ter, uma vitória de 51% conforme declarado pela autoridade eleitoral sob controle do governo.

Observadores eleitorais da Colômbia, no último sábado, indicaram que uma análise do segundo relatório do conselho eleitoral da Venezuela e dos dados da oposição apontava González como o verdadeiro vencedor. O grupo fez um apelo ao governo para que realizasse uma auditoria completa dos votos.

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