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LVMH enfrenta queda nas vendas e provoca crise no setor de luxo

Desempenho da LVMH decepciona e setor de luxo vê mais de US$ 245 bilhões evaporarem no mercado. Prepare-se para um cenário desafiador.

O que parecia ser um contínuo crescimento para a LVMH, gigante do luxo e símbolo de prestígio, agora se transforma em um alerta iminente. A aparente fadiga dos consumidores abastados está colocando em xeque o status de seu fundador como o homem mais rico do mundo.

Recentemente, a LVMH, responsável por marcas como Louis Vuitton e Christian Dior, registrou números de vendas que chocaram o mercado e desconcertaram uma indústria que se habituou a um crescimento anômalo, especialmente para o maior player de bens de consumo de alta qualidade.

No dia 11, as ações da LVMH despencaram 8,5% em sua maior queda intradiária em quase dois anos, criando um efeito dominó que atingiu também concorrentes como Richemont, Kering SA (da Gucci) e Hermes International.

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Os sinais de que o desempenho do setor poderia estar diminuindo não são uma novidade. A recuperação da China tem decepcionado e o apetite dos consumidores norte-americanos está esfriando. No entanto, os números medianos de vendas da LVMH intensificaram a venda em massa, resultando em uma perda colossal de cerca de US$ 245 bilhões em valor de mercado das sete maiores empresas de luxo da Europa desde abril.

“Eu costumava admirar a LVMH pela sua consistência em superar as expectativas, mas esta é a primeira vez em um bom tempo que eles nos decepcionam”, comentou Bruno Vacossin, gerente sênior de portfólio da Palatine Asset Management. “Isso demonstra que o setor não está imune a uma desaceleração.”
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Recentemente, a LVMH perdeu seu título de empresa mais valiosa da Europa, passando o posto para a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. Além disso, o CEO Bernard Arnault agora ocupa a segunda posição no Bloomberg Billionaires Index, atrás de Elon Musk.

A principal unidade da LVMH, que abrange moda e artigos de couro, viu sua receita orgânica crescer apenas 9% no terceiro trimestre. Embora não tenha havido um colapso na demanda, esse crescimento ficou aquém das previsões dos analistas, representando apenas metade do ritmo dos primeiros seis meses do ano.

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Vendas em queda

Os resultados geraram um impacto significativo nas expectativas de uma recuperação robusta, especialmente nas vendas na China, e deixaram claro que a desaceleração é um fenômeno mais abrangente. O crescimento da receita na Ásia, excluindo o Japão, caiu para 11%, bem abaixo dos 34% do trimestre anterior. A Europa também não ficou imune, com crescimento reduzido à metade.

As vendas na unidade de vinhos e destilados caíram 14%, muito abaixo do esperado, levando a um recuo nas ações da fabricante de conhaque Remy Cointreau. Marcas de champanhe da LVMH, como Dom Perignon e Hennessy Cognac, enfrentam baixa demanda nos EUA, refletindo a resistência a aumentos de preços por lá.

“Após três anos excepcionais, o crescimento agora se alinha a números mais próximos da média histórica”, analisou Jean-Jacques Guiony, diretor financeiro da LVMH, durante a apresentação trimestral.

Guiony também aconselhou os investidores a não esperarem que a Christian Dior mantenha suas impressionantes taxas de crescimento anual de 30% dos últimos anos.

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Atualmente, a LVMH está sendo negociada a um desconto em comparação ao índice Nasdaq 100, em um movimento inverso ao que se via na última década, quando as ações de luxo eram vistas como a contraparte europeia da era dominada pela tecnologia.

A Hermes e a Kering também estão programadas para divulgar seus números de vendas ainda este mês. A Hermes historicamente se mostrou resiliente em tempos de turbulência econômica, pois a demanda por seus itens icônicos Birkin e Kelly frequentemente supera a oferta, resultando em uma acumulação de pedidos. As ações da empresa subiram mais de 20% este ano.

Por outro lado, a Kering está passando por uma reformulação após mudanças recentes na gestão e a seleção de um novo diretor criativo para a Gucci, cuja coleção ainda não se encontra nas prateleiras e já registra uma queda de cerca de 10% nas ações este ano.

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