O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se conteve e designou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como seu “adversário político e ideológico”. Essa declaração surge em meio a um contexto de crescente tensão, especialmente após a decisão da autoridade monetária de interromper um ciclo de afrouxamento das taxas de juros que durou um ano.
Após os comentários de Lula, o real apresentou uma breve desvalorização, mas se recuperou, sendo negociado a R$ 5,44 em relação ao dólar.
Lula, que lidera a ala progressista do país, minimizou a desvalorização da moeda brasileira, a qual vinha enfrentando quedas significativas nas últimas semanas. Ele destacou que isso se deve a crescentes preocupações fiscais e incertezas sobre o compromisso do Banco Central com a inflação. Entretanto, o presidente garantiu: “Esse nervosismo especulativo que está acontecendo não afetará a seriedade da economia brasileira”, declarou ele durante uma entrevista em uma rádio.
No entanto, não é a primeira vez que o presidente expressa sua insatisfação. Lula já havia lamentado que o Conselho do Banco Central optou por manter a taxa Selic inalterada em 10,5% na última quarta-feira (19). Antes dessa decisão, ele havia renovado suas críticas a Campos Neto, alegando que as altas taxas de juros prejudicam a economia e insinuando que o Banco Central agiu de forma política.

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