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Larry Fink e BlackRock: A Revolução do Acesso ao Capital Privado

Larry Fink, CEO da BlackRock, critica o protecionismo e defende o acesso de investidores comuns a ativos privados, enquanto redefine a gestão de investimentos.

Larry Fink durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.
<p>Larry Fink, CEO da BlackRock Inc., no Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, Suíça, na quinta-feira, 23 de janeiro de 2025. O evento anual de Davos reúne líderes políticos, executivos de alto escalão e personalidades de destaque de 20 a 24 de janeiro.</p>

O CEO da BlackRock, Larry Fink, está entrando em um debate crucial: como democratizar o acesso a empresas que, tradicionalmente, permanecem fechadas para o público em geral. Ele argumenta que os investidores comuns não apenas merecem, mas também devem desfrutar dos benefícios do crescimento econômico.

Em sua recente carta aos investidores, Fink destacou uma realidade alarmante: a economia global está fragmentada entre os extremamente ricos e os que enfrentam dificuldades. “Hoje, muitos países vivem uma economia dividida, onde a riqueza gera mais riqueza, enquanto a dificuldade afunda ainda mais na miséria”, afirmou. Ele também enfatizou que essa polarização tem remodelado a política e a percepção do possível, trazendo à tona a questão do protecionismo que, segundo ele, está ressurgindo com força.

A BlackRock, a maior gestora de ativos do planeta, está comprometida em “destravar os mercados privados”, tendo já investido cerca de US$ 30 bilhões em aquisições neste setor nos últimos 12 meses. Fink aponta que o capitalismo tem beneficiado “poucas pessoas”, gerando um sentimento de insegurança econômica que é mais intenso do que qualquer outro momento recente.

Fink argumenta que abrir o acesso a investimentos pode ajudar a mitigar esses medos. Ele observa que os ativos que moldarão o futuro, como data centers, portos e redes elétricas, estão, em sua maioria, fora do alcance dos investidores comuns, limitados pelos altos muros dos mercados privados.

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A BlackRock está em meio a uma transformação significativa. A empresa, que já foi vista como uma gestora de ativos tradicional, agora almeja liderar também em ativos alternativos. Fink declarou: “É verdade que éramos uma gestora tradicional no início de 2024. Mas isso já faz parte do passado.”

Nos últimos 14 meses, a BlackRock investiu US$ 12,5 bilhões na aquisição da Global Infrastructure Partners, além de cerca de £2,55 bilhões em dados da Preqin. Eles estão finalizando a compra da HPS Investment Partners por US$ 12 bilhões, o que marca um passo monumental para administrar cerca de US$ 600 bilhões em ativos alternativos, competindo com gigantes como Blackstone e Apollo.

Na carta, Fink também questiona se o tradicional portfólio 60/40 é suficiente para diversificação eficaz. Ele sugere um novo modelo, 50/30/20, que reserva 20% para ativos privados, como imóveis e crédito privado, prevendo que a demanda global por infraestrutura pode alcançar impressionantes US$ 68 trilhões até 2040.

A BlackRock, por sua vez, está começando a oferecer carteiras-modelo que incluem investimentos em private equity e crédito privado, além de ações tradicionais. Essa ação visa, segundo Fink, aumentar a transparência e facilitar o investimento em ativos alternativos.

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Um ponto importante levantado por Fink é que incluir ativos privados em fundos de aposentadoria pode significativamente aumentar os retornos a longo prazo. A BlackRock argumenta que fundos de pensão superam tradicionalmente os planos 401(k) em cerca de 0,5% ao ano, o que, ao longo de 40 anos, pode resultar em um incremento de 14,5% no montante final de um 401(k).

Outros destaques da carta de Fink:

  • Fink alerta que a posição do dólar como reserva global não é garantida, sugerindo que ativos digitais como Bitcoin podem emergir como alternativas.
  • Ele critica a dependência de energias renováveis, afirmando que não são suficientes para demandar as necessidades energéticas atuais, defendendo uma abordagem mais abrangente em recursos energéticos.
  • A crescente demanda por energia relacionada à inteligência artificial cria dilemas, pesando entre o consumo residencial e o de máquinas.
  • Fink também reconhece as preocupações sobre a IA e o futuro do emprego, mas sugere que em sociedades com escassez de mão-de-obra, a tecnologia pode oferecer soluções inovadoras.
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