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Kering registra menor lucro desde 2016 em meio a quedas nas vendas da Gucci

A Kering enfrenta um ano difícil, com ações caindo mais de 40% e previsão de lucro no nível mais baixo desde 2016. A demanda chinesa está impactando severamente.

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A lançou um alerta: seu lucro anual deve atingir o menor patamar desde 2016, afetado pela queda na demanda chinesa por produtos de luxo, impactando diretamente sua marca de maior destaque, a Gucci.

De acordo com a empresa, a receita operacional recorrente para este ano pode girar em torno de € 2,5 bilhões (US$ 2,7 bilhões) – uma marca alarmante, notavelmente abaixo dos € 2,82 bilhões projetados pelos analistas.

As vendas comparáveis da Gucci, a principal fonte de lucro da Kering, sofreram uma queda acentuada de 25% no terceiro trimestre em comparação com o ano passado. Isso é um sinal claro de que a marca enfrenta desafios significativos.

As ADRs da Kering nos Estados Unidos caíram até 5,7% na quarta-feira, com as ações já despencando mais de 40% neste ano, em trajetória para seu pior desempenho desde 2008. A situação é alarmante.

Esses resultados evidenciam as dificuldades que a Kering encontra para reposicionar sua marca principal durante uma desaceleração na demanda por itens de luxo, especialmente no mercado chinês. É uma luta titânica.

A recuperação da Gucci não será rápida, conforme declarou a diretora financeira da Kering, Armelle Poulou, em uma coletiva. Ela enfatizou que as preocupações sobre o alto desemprego juvenil e a recessão no mercado imobiliário da China estão minando a confiança do consumidor.

Poulou expressou satisfação com a nova estética da Gucci, sob a direção de Sabato de Sarno, que assume o cargo de diretor criativo em 2023. Ele introduziu um estilo mais minimalista, contrastando com os visuais extravagantes de seu antecessor, Alessandro Michele, que deixou a marca há dois anos.

Além disso, no início deste mês, a Kering promoveu Stefano Cantino, ex-executivo da Louis Vuitton, ao cargo de novo CEO da Gucci, efetivo a partir de 1º de janeiro. Cantino se juntou à Gucci em maio como vice-CEO, o que gera expectativas sobre futuras inovações na marca.

Não é apenas a Kering que enfrenta esse cenário desafiador; outros grupos de luxo, como a LVMH, também sofrem com vendas decepcionantes em suas divisões de moda e artigos de couro, incluindo nomes renomados como Louis Vuitton e Christian Dior. O setor está claramente em uma encruzilhada.

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