Um juiz federal tomou uma decisão de grande impacto ao rejeitar as acusações de corrupção contra Eric Adams, o prefeito de Nova York. Essa decisão marca um ponto final em uma sequência de eventos que trouxeram grande tensão ao Departamento de Justiça dos EUA.
Anunciada na quarta-feira, a decisão assegura que as alegações contra Adams — que se tornou o primeiro prefeito da cidade em exercício a ser acusado de crimes federais — não poderão ser reabertas futuramente. O Departamento de Justiça havia tentado manter a possibilidade de reavaliação das acusações, o que levantou preocupações sobre uma possível tentativa de exercer controle sobre o prefeito.
Durante o governo Trump, os promotores de Manhattan receberam instruções para arquivar o caso, alegando que as acusações eram motivadas politicamente e estavam obstruindo o trabalho do prefeito em temas críticos como imigração e combate ao crime. Essa ordem gerou um intenso embate entre os advogados do governo em Nova York e os altos funcionários do Departamento de Justiça em Washington, resultando até em renúncias de figuras importantes.
O juiz distrital dos EUA, Dale Ho, defendeu a integridade dos promotores ao afirmar: “Não há evidências — absolutamente nenhuma — de que os promotores tiveram motivações impróprias”. Essa declaração enfatiza que a justiça deve ser executada sem influências externas.
Optando por encerrar o caso com prejuízo — ou seja, garantindo que não poderá ser reaberto —, o juiz destacou que permitir o contrário poderia criar a impressão de que a liberdade do prefeito está atrelada ao alinhamento com as prioridades de imigração do governo federal, colocando seus interesses eleitorais em segundo plano.
Até o presente momento, nem o advogado de Adams nem o porta-voz do Departamento de Justiça se pronunciaram sobre essa decisão judicial.

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