Recentemente, uma das instituições financeiras mais céticas em relação à Tesla (TSLA) decidiu rebaixar suas previsões de lucro para a montadora. O motivo? A reação negativa dos consumidores à imagem pública de Elon Musk se tornou uma preocupação central para os analistas.
No primeiro trimestre, as entregas de veículos da Tesla ficaram aquém até mesmo das expectativas mais pessimistas de Ryan Brinkman, analista do JPMorgan. Em seu relatório de hoje (4), ele afirmou: “Isso confirma o dano de marca sem precedentes que já temíamos”.
Brinkman aponta que os resultados deste trimestre sugerem que o grau da reação dos consumidores à figura de Musk pode ter sido subestimado. Com apenas 336.681 veículos entregues, esse foi o menor total trimestral desde 2022.
A Tesla não enfrenta apenas desafios operacionais, como a adaptação das linhas de produção para a nova versão do Model Y, mas também lida com a deterioração da imagem de seu CEO, que frequentemente se envolve em debates políticos internacionais.
Como consequência, o JPMorgan revisou sua projeção de lucro por ação da Tesla para US$ 0,36 neste primeiro trimestre, uma queda em relação à estimativa anterior de US$ 0,40 e abaixo da média do mercado de US$ 0,46. Para o ano, a nova expectativa é de US$ 2,30 por ação, também inferior à média dos analistas consultados pela Bloomberg, que é de US$ 2,70. Vale ressaltar que essa previsão já caiu 17% desde que a Tesla divulgou seus últimos resultados, em janeiro.

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