Recentemente, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu revelou que enviou uma contraproposta aos mediadores, alinhando-se com os EUA, pouco depois de o Hamas anunciar sua aceitação de uma proposta do Egito para uma nova trégua em Gaza.
O Hamas concordou em liberar cinco reféns vivos em troca de um cessar-fogo de 50 dias que começaria no Eid al-Fitr, neste fim de semana, conforme afirmaram autoridades israelenses anônimas, conforme relatado pelo portal de notícias Walla. Os detalhes sobre a contraproposta de Israel ainda são desconhecidos.
O líder do Hamas, Khalil Haya, confirmou a nova oferta em uma mensagem publicada no Telegram. Ele declarou: “Recebemos uma nova oferta dos mediadores há dois dias, concordamos com ela e esperamos que a ocupação não a interrompa.”
Simultaneamente, as Forças de Defesa de Israel comunicaram o início de operações terrestres na região de Al Janina, em Rafah, dizendo que o objetivo é expandir a zona de segurança no sul de Gaza.
“Durante a operação, as tropas se dedicaram a desmantelar a infraestrutura terrorista do Hamas”, informou a IDF via WhatsApp, indicando que os ataques aéreos continuavam em várias partes da Faixa de Gaza.
Israel retomou os ataques aéreos em Gaza em 18 de março, após um cessar-fogo que durou dois meses. O governo israelense afirma que as hostilidades só cessarão quando o Hamas não estiver mais no poder e os 59 reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023 forem libertados. Embora haja negociações indiretas em andamento para um novo cessar-fogo, elas têm enfrentado grandes obstáculos.
Desde o colapso do cessar-fogo, os ataques israelenses acarretaram a morte de mais de 830 palestinos. O número total de mortes em Gaza, desde o início do conflito, ultrapassa 50.000, segundo informações do ministério da saúde controlado pelo Hamas, que não faz distinção entre civis e combatentes.
Vale lembrar que o Hamas, classificado como uma organização terrorista pelos EUA e pela União Europeia, tem governado Gaza desde 2007.

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