Mercados
Investidores Apostam Recorde em Ações de Tecnologia Movidos por IA, Afirma BofA
A ascensão da inteligência artificial fez investidores injetarem um recorde de US$ 8,5 bilhões em ações tecnológicas, destaca o Bank of America. Confira os detalhes dessa ‘baby bubble’.
O frenesi gerado pela inteligência artificial estabeleceu um novo marco, com investidores injetando um impressionante montante recorde em ações de tecnologia, conforme revelações do Bank of America.
O fenômeno denominado “baby bubble” na IA dominou o cenário do mercado em maio, conforme afirmou o estrategista Michael Hartnett. Fundos voltados para tecnologia captaram um notável total de US$ 8,5 bilhões na semana encerrada em 31 de maio, com dados reportados pela EPFR Global.
A dominância da chamada “tecnologia monopolista” se manifesta através de seu poder para fixar preços e exercer pressão sobre players menores, anotou Hartnett em sua análise. Ele sublinhou que o índice Nasdaq 100 atingiu níveis recordes na comparação com o indicador de empresas de pequena capitalização, o Russell 2000. A resistência a esse movimento seria, segundo ele, desfazer posições em ações de IA e redirecionar investimentos para Hong Kong.
Os fundos globais de ações registraram influxos de US$ 14,8 bilhões, enquanto um montante de US$ 1,1 bilhão foi direcionado a fundos de renda fixa, segundo os dados.
As ações de tecnologia acumulam uma valorização de 32% em 2023, impulsionadas pela expectativa de que o Federal Reserve interrompa o ciclo de alta de juros e que o setor se manterá resiliente diante de uma possível recessão. O otimismo em torno das ações relacionadas à IA proporcionou um impulso adicional ao setor tecnológico em maio, com o valor de mercado da Nvidia ultrapassando brevemente a marca de US$ 1 trilhão, enquanto as ações da Apple se aproximam de seus recordes históricos.
No entanto, a intensidade desse rali levanta algumas sinalizações de advertência. O índice de força relativa do Nasdaq 100 ultrapassou 70, considerado um indicativo de sobrecompra, o que pode preceder uma correção. Além disso, as posições compradas em futuros do Nasdaq 100 atingiram seu maior nível em três anos, elevando o risco de perdas, conforme alertaram estrategistas do Citigroup nesta semana.
Hartnett, do BofA – que previra com acurácia a queda das ações em 2022 – mantém uma visão pessimista sobre a renda variável, considerando a tendência de endurecimento das condições financeiras.
Entre outros destaques, as alocações em dinheiro nos fundos alcançaram US$ 11,2 bilhões, marcando a sexta semana consecutiva de entradas. Aliás, cerca de US$ 13,3 bilhões foram injetados em fundos de ações dos EUA, enquanto a Europa enfrentou sua 12ª semana de registros de saídas, totalizando US$ 1,8 bilhão.
Por estilo, apenas grandes companhias de capitalização dos EUA beneficiaram-se de entradas; fundos de crescimento, pequeno capital e valor sofreram resgates.
Após o setor tecnológico, o imobiliário se destacou com os maiores influxos, enquanto energia e commodities foram os mais afetados pelas retiradas.
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