Recentemente, a Huawei apresentou seu mais novo notebook, o MateBook Fold, mas as notícias não são boas. O dispositivo está equipado com um chip feito com tecnologia antiga, que reafirma como as sanções dos Estados Unidos continuam a atrasar o avanço tecnológico da China em semicondutores. O processador, segundo a consultoria TechInsights, é fabricado com a tecnologia de 7 nanômetros pela Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), o que é preocupante, considerando que a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), líder do setor, já está preparando a transição para a produção em massa de chips de 2 nanômetros — três gerações à frente dos atuais. A Huawei, por sua vez, lançou este notebook híbrido que roda o sistema operacional HarmonyOS, ensinando ao mercado que ainda tem um longo caminho a percorrer. Ao mesmo tempo, a empresa intensifica o uso de tecnologias nacionais, em um esforço para reduzir a dependência do Ocidente e enfrentar concorrentes como Apple e Microsoft. Contudo, a China enfrenta barreiras significativas para garantir o desenvolvimento de chips de próxima geração. As sanções dos EUA cortaram seu acesso a equipamentos e tecnologias avançadas do Ocidente. A ASML, uma empresa vital nesse setor, está impedida de vender máquinas de litografia ultravioleta extrema, que são essenciais para a fabricação de chips sofisticados, especialmente para inteligência artificial. A TechInsights comentou que a SMIC ainda não conseguiu alcançar um nó tecnológico equivalente a 5 nanômetros em produção em larga escala, o que é um claro sinal de que as restrições dos EUA continuam a impactar seu desenvolvimento. Apesar do lançamento do chip de 7 nanômetros pela Huawei em 2023, espera-se que sua produção de chips Ascend para IA em 2025 chegue apenas a 200 mil unidades, evidenciando a lentidão do progresso. O subsecretário de Comércio dos EUA, Jeffrey Kessler, trouxe essa informação à tona durante uma recente audiência no Congresso. Com a China sendo vista como uma competição séria na área de inteligência artificial, a pressão dos Estados Unidos apenas aumenta. As autoridades bloqueiam a compra de chips de IA de alto desempenho por empresas chinesas, citando preocupações de segurança nacional. Agora, a Huawei e a SMIC são as esperanças de Pequim para avançar na fabricação de chips. Ren Zhengfei, o fundador da Huawei, tentou minimizar o impacto das restrições dos EUA em entrevista ao People’s Daily, afirmando que técnicas como empilhamento de chips poderiam compensar a falta de tecnologia avançada. É evidente que o caminho para a superação da China neste setor ainda é longo e complicado.

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