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Google evita crise antitruste no Reino Unido com parceria de IA
CMA do Reino Unido conclui que Google não exerce influência na Anthropic após análise detalhada.
A parceria do Google com a plataforma de inteligência artificial Anthropic conseguiu desviar a atenção de um exame antitruste mais rigoroso, já que a
Competition and Markets Authority (CMA) do Reino Unido determinou que o acordo não se enquadra como uma investigação completa sob as regras de fusão.
A CMA, na última terça-feira, afirma que o Google não adquiriu “influência material” sobre a Anthropic através dessa colaboração. Essa análise começou após a Alphabet (GOGL34), controladora do Google, confirmar um investimento colossal de U$ 2 bilhões na startup no ano passado. Além disso, a Google havia firmado anteriormente um contrato de nuvem com a Anthropic.
É pertinente notar que a CMA tem atuado na vanguarda dos esforços de reguladores em todo o mundo, com a missão de garantir que os investimentos pesados das gigantes da tecnologia na indústria de IA não perturbem o equilíbrio do mercado nem resultem em um pequeno grupo de empresas dominantes. A CMA chamou atenção para a sua inquietude a respeito de uma “teia interconectada” de parcerias e investimentos dentro do ecossistema de IA.
Enquanto o investimento de US$ 4 bilhões da Amazon na Anthropic foi aprovado em setembro, o investimento da Microsoft na OpenAI continua sob a análise da CMA. Notavelmente, a autoridade já autorizou os acordos da Microsoft com a Mistral e Inflection após investigações rápidas.
Esta decisão, publicada na terça-feira, é um alívio para a Alphabet, sediada em Mountain View, Califórnia, especialmente com várias questões antitruste surgindo nos EUA e na Europa — uma das quais ameaça forçar o Google a liquidar sua propriedade sobre o navegador Chrome.
O investimento do Google na Anthropic, que é uma corporação de benefício público nos EUA focada em segurança e pesquisa em inteligência artificial, incluiu a aquisição de ações sem direito a voto e certas consultas em temas empresariais significativos.
A CMA revisou uma quantidade considerável de documentos internos das duas empresas e chegou à conclusão de que a Google não possui a capacidade de exercer influência relevante sobre a Anthropic por meio da parceria, conforme revelado pela agência.
Um porta-voz da Anthropic afirmou: “A Anthropic é uma entidade independente e nossas parcerias estratégicas, bem como os relacionamentos com investidores, não comprometem nossa autonomia na governança corporativa ou nossa liberdade para estabelecer parcerias com outras organizações.”
Até o momento, o Google não se manifestou ao tratado a respeito dessa determinação. A empresa reafirmou anteriormente que a Anthropic possui a liberdade de utilizar diferentes provedores de nuvem e que não está atrelada a direitos tecnológicos exclusivos.
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