Com a disparada dos preços dos cafés matinais, os jovens estão abrindo mão do tradicional em favor do café solúvel. Essa mudança não é apenas uma tendência; é uma realidade econômica.
De acordo com dados da Nielsen, as vendas de café instantâneo aumentaram 24% em comparação aos dois anos anteriores, com a Geração Z (pessoas nos seus 20 anos) dobrando seus investimentos em café solúvel em 2024. Enquanto um café filtrado da Starbucks em Manhattan custa a exorbitante quantia de US$ 3,45, um instantâneo feito em casa sai por meros US$ 0,36.
Ethan Rode, um criador de conteúdo no TikTok, é um exemplo dessa nova onda. Em um vídeo, ele compartilha uma receita de espresso econômico que você pode fazer em casa, sem necessidade de equipamentos caros. Apenas café solúvel, açúcar mascavo, canela, leite, água e gelo. Simples assim.
A indústria também está se adaptando a essa nova demanda, com marcas de prestígio como a JM Smucker Co. e a Nestlé lançando linhas premium de café instantâneo. Como enfatiza Rob Ferguson, da Smucker, “são consumidores apaixonados que desejam personalização e novas experiências”.
Elisabeth Rosario, consultora de marketing, relatou ter trocado sua prensa francesa por sachês instantâneos da Starbucks para otimizar seu tempo e reduzir custos, elogiando a qualidade. O crescimento do café solúvel na Geração Z é evidente: a Smucker reportou um aumento de 21% nas vendas nesta demografia para a categoria instantânea da Folgers.
Mesmo empresas de café artesanal, como a Swift Coffee, estão ampliando suas ofertas para atender a um novo público ao investir em café solúvel. A previsão é que até 2025, toda torrefadora terá uma opção instantânea disponível.
Afinal, o café solúvel deixou de ser um estigma e se tornou uma escolha inteligente e econômica para as novas gerações.

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